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Reino do Pineal. Crianças passaram a ir à escola por decisão judicial

"A escola pública não é uma escolha para nós, mas sim uma mão forçada. Quando temos entidades a ameaçar tirar-nos os filhos, fazemos o que podemos", refere o Reino do Pineal.

Reino do Pineal. Crianças passaram a ir à escola por decisão judicial
Notícias ao Minuto

23:26 - 29/12/23 por Notícias ao Minuto

País Reino do Pineal

Duas das crianças que vivem no Reino do Pineal, em Oliveira do Hospital, começaram a frequentar a escola em outubro deste ano. 

A decisão judicial que forçou a inscrição das crianças na escola pública foi desencadeada pela investigação das autoridades portuguesas à comunidade, iniciada depois da morte de um bebé. 

"Kundai e Farai começaram a escola há algumas semanas. No sábado, foi a sua festa escolar e o objetivo era angariar dinheiro para as suas salas de aula. O Kundai representou e saiu-se lindamente", pode ler-se numa publicação da comunidade nas redes sociais. 

"Todas as pessoas que encontrámos eram adoráveis. Os seus professores também são pessoas maravilhosas e estamos ansiosos por ver a coesão entre os nossos ensinamentos e os ensinamentos do ensino regular. A escola pública não é uma escolha para nós, mas sim uma mão forçada. Quando temos entidades a ameaçar tirar-nos os filhos, fazemos o que podemos", pode ainda ler-se. 

As duas crianças serão filhas de Akbal Pinheiro, líder do Reino do Pineal e de Gabriela Pinheiro. 

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Depois da polémica, a comunidade do Reino do Pineal terá ficado reduzida ao fundador e a sua família - antes eram 5 crianças. O site da comunidade, que reunia informação e permitia o contacto para fazer parte do Reino do Pineal, está neste momento desativado. O Notícias ao Minuto entrou em contacto com o Reino do Pineal para esclarecer estas informações, mas ainda não foi possível obter resposta até ao momento. 

Recorde-se que as autoridades portuguesas realizaram uma grande operação de buscas à herdade do grupo que se autodefine como autónomo do Estado, depois de, em abril de 2022, um menino de 14 meses ter morrido por falta de cuidados médicos. O caso ganhou uma maior dimensão depois da revista Visão ter avançado com uma reportagem sobre a seita e sobre a morte do rapaz.

Segundo o Expresso, o líder da seita foi também constituído arguido pelas autoridades, assim como a sua companheira, por crimes relacionados com a morte da criança no ano passado (sendo que a criança terá sido cremada pela própria comunidade). A Polícia Judiciária está também a investigar possíveis crimes de homicídio por negligência ou omissão, exposição a perigo ou abandono e - por causa da cremação ilegal do bebé - de profanação de cadáver.

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