Conheça a história de Akbal Pinheiro, líder do Reino do Pineal
Adepto de teorias da conspiração e antigo chefe de cozinha de profissão, este é o líder do misterioso Reino de Pineal.
Marta Amorim | 11:19 - 21/07/2023© Reprodução Redes Sociais
País Reino do Pineal
Duas das crianças que vivem no Reino do Pineal, em Oliveira do Hospital, começaram a frequentar a escola em outubro deste ano.
A decisão judicial que forçou a inscrição das crianças na escola pública foi desencadeada pela investigação das autoridades portuguesas à comunidade, iniciada depois da morte de um bebé.
"Kundai e Farai começaram a escola há algumas semanas. No sábado, foi a sua festa escolar e o objetivo era angariar dinheiro para as suas salas de aula. O Kundai representou e saiu-se lindamente", pode ler-se numa publicação da comunidade nas redes sociais.
"Todas as pessoas que encontrámos eram adoráveis. Os seus professores também são pessoas maravilhosas e estamos ansiosos por ver a coesão entre os nossos ensinamentos e os ensinamentos do ensino regular. A escola pública não é uma escolha para nós, mas sim uma mão forçada. Quando temos entidades a ameaçar tirar-nos os filhos, fazemos o que podemos", pode ainda ler-se.
As duas crianças serão filhas de Akbal Pinheiro, líder do Reino do Pineal e de Gabriela Pinheiro.
Depois da polémica, a comunidade do Reino do Pineal terá ficado reduzida ao fundador e a sua família - antes eram 5 crianças. O site da comunidade, que reunia informação e permitia o contacto para fazer parte do Reino do Pineal, está neste momento desativado. O Notícias ao Minuto entrou em contacto com o Reino do Pineal para esclarecer estas informações, mas ainda não foi possível obter resposta até ao momento.
Recorde-se que as autoridades portuguesas realizaram uma grande operação de buscas à herdade do grupo que se autodefine como autónomo do Estado, depois de, em abril de 2022, um menino de 14 meses ter morrido por falta de cuidados médicos. O caso ganhou uma maior dimensão depois da revista Visão ter avançado com uma reportagem sobre a seita e sobre a morte do rapaz.
Segundo o Expresso, o líder da seita foi também constituído arguido pelas autoridades, assim como a sua companheira, por crimes relacionados com a morte da criança no ano passado (sendo que a criança terá sido cremada pela própria comunidade). A Polícia Judiciária está também a investigar possíveis crimes de homicídio por negligência ou omissão, exposição a perigo ou abandono e - por causa da cremação ilegal do bebé - de profanação de cadáver.
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