"Compreendo perfeitamente este protesto, porque é um protesto de pessoas que reivindicam condições para a sua segurança e para a segurança também dos cidadãos, porque não conseguem prestar um bom serviço se não tiverem esses meios", disse a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro, no final de uma visita da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, que encabeçou, ao centro de instalação temporária no aeroporto de Lisboa.
Questionada pelos jornalistas sobre a equiparação do suplemento da Polícia Judiciária (PJ) para as forças de segurança, reivindicação que há semanas alimenta protestos da PSP e da GNR, a bastonária dos advogados disse essa é "uma questão de remuneração" que "tem que ser revista e analisada", mas recusou fazer análises jurídicas.
"Não estou a fazer análises jurídicas nem vou fazê-las nessa matéria, o que eu entendo é que a remuneração que existe para os agentes de autoridade, sabemos bem que é muito reduzida, como é o caso em outras situações, como os oficiais de justiça, os próprios advogados, etc", disse a bastonária.
Os protestos das forças de segurança por melhores condições salariais começaram há mais de duas semanas por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargaram a todo o país.
Para quarta-feira está prevista uma manifestação em Lisboa organizada pela plataforma composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
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