Os oito alunos suspeitos de agredirem sexualmente um colega numa escola em Vimioso, em Bragança, foram castigados com suspensão. O Jornal de Notícias noticiou que foram aplicados três dias de suspensão, ao passo que fonte do Ministério da Educação avançou à Lusa que a suspensão começou hoje, terça-feira, e termina na sexta-feira - ou seja, quatro dias.
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com o Agrupamento de Escolas de Vimioso, para tentar confirmar a notícia, estando a aguardar resposta por parte da direção.
Recorde-se que um aluno, de 11 anos, foi sodomizado por oito colegas, com idades entre os 13 e os 16 anos, no interior da escola de Vimioso. O incidente ocorreu no dia 19 de janeiro e um dos agressores será irmão da vítima.
O episódio de sodomização ocorreu cerca das 12h30 no interior do estabelecimento de ensino, "com recurso a uma vassoura" e na presença de, pelo menos, uma funcionária, que "nada fez" para travar os supostos agressores.
Há uma semana, no local estiveram inspetores da Polícia Judiciária e, na quarta-feira, a vítima foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal, no Porto, para realização de perícias, ou seja, cinco dias depois do alegado episódio de sodomização.
Segundo o Ministério da Educação (ME), foram instaurados 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos na agressão. O ME realçou que o caso encontra "sob a esfera do Ministério Público e mereceu intervenção da Polícia Judiciária". Os estudantes suspeitos foram identificados pela Guarda Nacional Republicana (GNR).
O caso continua em investigação sob a alçada da Polícia Judiciária.
A Junta de Freguesia de Vimioso, presidida por José Manuel Alves Ventura, denunciou "um clima de terror e de encobrimento" que, alegadamente, se vive no Agrupamento de Escolas de Vimioso, relatando vários casos de violência entre alunos, entre alunos e funcionários.
O presidente da Câmara de Vimioso disse hoje à Lusa que o município mostra preocupação perante esta situação, acrescentando que o Agrupamento de Escolas, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e as entidades judiciais e policiais estão a acompanhar este caso.
"O município dará todo o apoio perante esta situação", sublinhou Jorge Fidalgo.
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