Depois de encherem as ruas de Lisboa, as forças de segurança voltaram a manifestar-se no Porto na quarta-feira e superaram todas as expectativas, com a participação de mais de 20.000 polícias e guardas. De acordo com a plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR, que promoveram o protesto, esta foi a maior manifestação de sempre.
A multidão, que ocupou metade da avenida na baixa portuense, arrancou cerca das 18h20 do Comando Metropolitano do Porto da PSP para cumprir um percurso que acabou estendido da Rua 31 de janeiro até aos Aliados, onde foi preciso esperar cerca de meia hora até a coluna acabar de chegar.
Na frente da manifestação para exigir o pagamento de um suplemento de missão, tal como tem a Polícia Judiciária, estava um cartaz onde se lia "Polícias Unidos" e, cerca de vinte metros atrás, outro com a frase que resume o protesto: "Por um vencimento condigo e valorização profissional".
A meio da manifestação chegou a informação de que, pela primeira vez em manifestações do género, integravam a coluna oficiais da Guarda, situação confirmada à agência Lusa pelo presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, César Nogueira.
A desmobilização aconteceu depois das 20h00, após a multidão guardar um minuto de silêncio pelos "colegas e camaradas que tombaram no exercício da profissão" e cantarem o hino nacional empunhando a carteiras profissionais.
Os elementos das forças de segurança exigem o pagamento de um suplemento de missão, tal como tem a Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.
As manifestações são organizadas pela plataforma composta por sete sindicatos da Polícia da Segurança Pública e quatro da Guarda Nacional Republicana.
Veja na galeria acima as imagens da manifestação que decorreu no Porto.
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