Sindicatos dos bombeiros reclamam tratamento igual às forças de segurança

Um conjunto de dirigentes sindicais dos bombeiros sapadores portugueses pediu hoje ao Presidente da República apoio para as suas reivindicações, exigindo um tratamento semelhante ao resto das forças de segurança por parte do Governo.

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Lusa
01/02/2024 12:39 ‧ 01/02/2024 por Lusa

País

Bombeiros

Reunidos junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, para onde a recém-criada plataforma intersindical dos bombeiros sapadores das autarquias locais (PIBSAL) convocou uma pequena manifestação, José Abraão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, que integra aquela estrutura, afirmou que o objetivo de hoje é entregar um memorando a Marcelo Rebelo de Sousa, onde constam várias reivindicações, entre as quais a atualização do subsidio de risco, a criação de novos apoios e a atualização das tabelas remuneratórias, que não tiveram aumentos desde 2002.

Esta união de vários sindicatos visa lutar contra "as injustiças que vivem muitos bombeiros e que não têm sido resolvidas ao longo dos anos".

Num momento em que se discutem aumentos dos subsídios de risco para a Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), os bombeiros "querem ser tratados como as demais forças de seguranças", acrescentou o dirigente.

José Abraão minimizou o facto de se estar em contexto pré-eleitoral: "Não há governos de gestão ou governos definitivos. Há problemas que carecem de ser tratados".

Segundo Sérgio Carvalho, do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, o salário de entrada de um sapador é 1.070 euros brutos, incluindo subsídios, pelo que, "descontados os subsídios, ganham menos do que o salário mínimo".

A plataforma pediu audiências aos partidos políticos para tentar obter um compromisso sobre este caderno reivindicativo e já tem agendadas reuniões com a IL, PAN, Chega e PSD, além de um encontro com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no dia 07.

"Precisamos de concursos de promoção" e uma revisão do subsídio de risco, um tema comum a outras forças do Estado que têm carreiras autónomas, como sucede com os sapadores bombeiros.

Esse "subsídio tem de estar como tema de discussão", considerou.

José Seita, bombeiro e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, recordou que os baixos salários estão a afastar candidatos às vagas abertas e deu o exemplo de um concurso a decorrer na capital que não deverá ser preenchido.

"A carreira está a deixar de ser apelativa para muitos dos jovens porque lá fora, sem desprimor para outras profissões, conseguem quase ter o mesmo rendimento sem correr risco de vida", explicou.

"Desde 2002 que a nossa carreira não é devidamente revista" e "pedimos o respeito da parte de quem nos governa, da parte dos decisores políticos, para termos um tratamento igual a todas as outras forças de segurança e agentes de proteção civil", acrescentou.

No memorando, os bombeiros reclamam a atualização do subsídio de risco, que "está indevidamente integrado", a regulamentação do subsídio de penosidade e insalubridade ("esta é uma profissão com elevado desgaste e penosa, exposta diariamente a locais insalubres", referem) e do subsídio de disponibilidade permanente, bem como a atualização as tabelas remuneratórias, a revisão da idade de aposentação, o reconhecimento da atividade como uma profissão de desgaste rápido e um sistema de avaliação que permita a promoção e progressão na carreira.

Leia Também: Plataforma reivindica subsídio de risco para bombeiros sapadores

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