Agricultores. Após reunião há "compromissos" (e 2.º encontro marcado)
O responsável do movimento cívico que resultou numa paralisação de várias vias referiu que a reunião com o Governo pecou por tardia, mas que existe um compromisso em haver respostas para os problemas no setor até à próxima semana. "Tivemos de tomar estas posições para ser ouvidos - porque até aqui não estávamos a ser ouvidos", apontou.
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Economia Agricultura
A reunião de representantes dos agricultores com a ministra da Agricultura já decorreu, esta sexta-feira, na Câmara de Alcochete.
"A reunião foi positiva. Debateu-se uma série de temas pertinentes e que nos afetam neste momento. Há um compromisso por parte da senhora ministra de arranjar algumas respostas e voltarmos a reunir-nos na próxima semana", referiu José Estêvão aos jornalistas, um dos participantes do movimento cívico que se desenrolou.
O responsável apontou que a reunião pecava "por tardia", mas que, ainda assim, reforçou que o encontro tinha sido positivo.
Durante a reunião, foram "vários" os pontos discutidos entre o movimento e a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. O responsável explicou, à saída do encontro, que foram abordados vários pontos relacionados com o uso da água, medidas agroambientais, os fatores de produção e os seus custos, entre outros.
"Vai ser estudado. O gabinete comprometeu-se a estudar. Não vou estar a esmiuçar temas sobre os quais não sei quais vão ser as respostas", explicou, quando questionado sobre medidas concretas.
José Estêvão sublinhou ainda que o movimento "fez valer as preocupações" que os agricultores estão a sentir, assim como expôs a situação "débil" em que as finanças das empresas agrícolas se encontram. "Vamos esperar pela resposta na próxima semana", indiciou.
"Tivemos de tomar estas posições para ser ouvidos - porque até aqui não estávamos a ser ouvidos", apontou.
Questionado sobre se os protestos vão continuar até essa reunião, José Estêvão referiu que as respostas dadas pela ministra nesta reunião eram "suficientes para suspender" os protestos até à próxima reunião - mas o responsável sublinhou que esta era uma decisão que ainda ia ser discutida.
Os protestos dos agricultores portugueses foram organizados pelo Movimento Civil de Agricultores, que se juntou às manifestações que têm ocorrido noutros pontos da Europa.
Na quarta-feira, o Governo avançou com um pacote de ajuda aos agricultores, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que não travou os protestos agendados para hoje, de Norte a Sul do país.
Segundo a informação disponibilizada na quinta-feira à Lusa, a maior parte das medidas que integra o pacote de apoio entra em vigor ainda este mês, com exceção das que estão dependentes de 'luz verde' de Bruxelas.
No contexto europeu, a Comissão Europeia vai preparar com a presidência semestral belga do Conselho da UE uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos ministros da Agricultura dos 27 Estados-membros do bloco europeu no próximo dia 26 de fevereiro
[Notícia atualizada às 14h38]
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