O grupo 1143, que tem como porta-voz o militante de extrema-direita Mário Machado, vai realizar uma ação de protesto às 18h00, entre o Largo Luís de Camões e a Praça do Município, depois de ter feito um pedido para uma manifestação na zona da Mouraria, que foi recusada.
Entretanto, na sequência da intenção de realizar a manifestação, considerada xenófoba, um grupo de associações de imigrantes e movimentos antirracistas agendou para as 16h00 um arraial popular para o largo do Intendente, perto da Mouraria, para promover a multiculturalidade e a diversidade de Portugal.
O movimento de extrema-direita tinha pedido para fazer uma manifestação na zona da Mouraria que iria partir do largo do Intendente, um pedido que foi recusado pela Câmara de Lisboa, após um parecer da PSP que alertava para o risco de segurança.
O grupo 1143 interpôs uma ação na justiça para "proteção de direitos, liberdades e garantias", por considerar que a proibição da manifestação pela Câmara de Lisboa (CML) -- que anunciou em 26 de janeiro que não iria autorizar a sua realização -- seria uma violação do direito de liberdade de expressão.
Na sexta-feira, o tribunal administrativo do círculo de Lisboa indeferiu o pedido e o grupo anunciou a concentração para o Largo Camões.
A PSP já disse estar "a planear uma operação policial que possa ser adaptada aos diferentes cenários possíveis" para a manifestação de sábado em Lisboa promovida pela extrema-direita.
A PSP refere também que "continua a recolher informação e a acompanhar os desenvolvimentos referentes à iniciativa agendada para dia 03 de fevereiro, nomeadamente através de fontes abertas", para "avaliar os potenciais riscos associados à iniciativa e planear a operação policial mais adequada às necessidades".
A Câmara decidiu na quarta-feira, por unanimidade, reafirmar o compromisso da cidade "com a tolerância, a igualdade, a interculturalidade, a luta contra o racismo e a xenofobia", saudando a não-autorização da manifestação "Contra a Islamização da Europa".
Em reunião pública, os vereadores do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) propuseram um voto de saudação, intitulado "Lisboa, cidade sem muros nem ameias", que foi subscrito pelo Bloco de Esquerda (BE) e pelo Livre.
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