MAI, PSP e GNR reunidos após caos em Famalicão. Abertos 2 inquéritos

Será aberto um inquérito ao líder do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, devido às suas declarações sobre as eleições de 10 de março.

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© Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images

José Miguel Pires com Lusa
03/02/2024 22:26 ‧ 03/02/2024 por José Miguel Pires com Lusa

País

Polícia

O Ministério da Administração Interna (MAI) determinou a abertura de um "inquérito urgente", aos acontecimentos que dizem respeito ao policiamento pela Polícia de Segurança Pública (PSP) no jogo Famalicão-Sporting, da Primeira Liga de futebol, que estava previsto para este sábado e acabou por ser cancelado.

Em comunicado, o MAI explica que o inquérito solicitado à Inspeção Geral da Administração Interna irá incidir "em especial" sobre as "generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias", que terão levado à falta de efetivos para o policiamento do encontro.

Para além da abertura deste inquérito, a pasta tutelada por José Luís Carneiro convocou o diretor nacional da PSP e o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana para uma reunião, que decorrerá no domingo, 4 de fevereiro, pelas 9 horas.

O jogo foi cancelado após alguns desacatos que aconteceram antes do início do jogo nas imediações do Estádio Municipal de Famalicão. Posteriormente, a Direção Nacional da PSP explicou que  "antes do início do policiamento ao evento, um número não habitual de polícias informaram que se encontravam doentes, comunicando baixa médica".

Após esta situação, a PSP ativou meios policiais de outras unidades, meios esses que "que também vieram a comunicar situações de indisposição, com deslocação para unidades hospitalares".

As autoridades indicaram ainda, em comunicado, que após os incidentes, "em coordenação com o organizador e o promotor do evento, [a PSP] decidiu que não se encontravam reunidas as condições necessárias para a realização do jogo".

Eleições 'em risco'? MAI abre não um, mas dois inquéritos

O MAI decidiu, também, abrir um inquérito "a respeito de declarações de um responsável sindical relativas à atividade da PSP no contexto dos próximos atos eleitorais, nomeadamente a possibilidade de estar em causa o transporte de urnas de votos".

Recorde-se que, neste sábado, o líder do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, alertou que situações como a deste jogo podem não ser únicas. "Temo que se calhar o senhor primeiro-ministro não vai ficar em funções só até ao dia 10 de março", referiu.

[Notícia atualizada às 23h04]

Leia Também: Legislativas em risco? "Quem transporta boletins são forças de segurança"

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