Contactada pela agência Lusa, às 19h30, fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo indicou que "estão a decorrer favoravelmente os trabalhos de remoção da terra" para chegar à zona onde hoje à tarde ficou soterrado um trabalhador.
Também o Comando Territorial de Beja da GNR disse, às 19h15, que "a equipa de resgate" da empresa concessionária do complexo mineiro, a Somincor, pertencente ao grupo Lundin Mining, "ainda não chegou perto da vítima".
Um trabalhador ficou hoje à tarde soterrado em Neves-Corvo, após uma derrocada no fundo da mina, tendo o alerta sido dado aos bombeiros às 14h08.
Hugo Vazeira, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), confirmou à Lusa, às 19h10, que "os trabalhos de resgate a cargo de uma equipa de intervenção da Somincor continuam e não vão parar".
"Esta equipa, com elementos preparados e treinados para estas situações, está numa zona em que ainda não se avista a máquina no interior da qual, supostamente, o trabalhador se encontrava, devido aos escombros e às rochas", referiu.
Segundo Hugo Vazeira, "a probabilidade" de o trabalhador "estar vivo é muito reduzida, mas não se pode ainda garantir o óbito porque não chegaram até ele". Recorde-se que já esta tarde o Jornal de Notícias tinha avançado que o trabalhador acabou por morrer na sequência do acidente naquela mina.
O trabalhador que está soterrado, de 42 anos, natural de Albernoa (Beja), mas residente em Castro Verde, estava a operar "uma máquina giratória", na altura da derrocada, disse.
"Estava a fazer o 'saneamento' da frente, ou seja, a remover pedras soltas que ficam após o rebentamento da frente. Para se chegar a terreno firme, têm que ser tiradas as rochas soltas", explicou o sindicalista.
Após o acidente ocorrido hoje, "a mina foi evacuada" e os trabalhadores, tal como está estabelecido nos procedimentos de segurança, "foram reunidos num ponto e deslocados para a superfície", relatou Hugo Vazeira.
"Fomos enviados para casa e só lá ficou o grupo de intervenção" para o resgate", acrescentou o dirigente sindical do STIM.
Contactado pela Lusa, por volta das 17h00, o comandante da corporação de Bombeiros Voluntários de Castro Verde, Joaquim Martins, disse que o trabalhador tinha ficado soterrado a cerca de "mil metros" de profundidade.
Para o local foram mobilizados elementos dos bombeiros de Castro Verde e militares da GNR, assim como o helicóptero do INEM estacionado no Algarve.
Contactada pela Lusa, fonte da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) disse ter mobilizado para o local uma equipa de três inspetores para proceder às necessárias averiguações.
A Somincor remeteu para mais tarde um comunicado sobre esta situação.
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