Portugal pretende abordar na Cimeira da UA a insegurança em África

O ministro português dos Negócios Estrangeiros vai liderar um painel sobre a "economia azul" na cimeira da União Africana (UA), em Adis Abeba, e espera abordar com os homólogos as "situações perturbantes" de insegurança em África.

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© Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images

Lusa
14/02/2024 08:14 ‧ 14/02/2024 por Lusa

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O Diálogo Político de Alto Nível sobre Governança dos Oceanos e Economia Azul, a decorrer na quinta-feira, é copatrocinado por Portugal, juntamente com a Comissão da União Africana (UA) e as Comores, país insular que detém atualmente a presidência da UA.

"Estamos a liderar um painel sobre a economia azul, um grande tema da política externa portuguesa. O continente africano é um continente com enorme potencial ainda por realizar em matéria de economia azul", adiantou à Lusa o chefe da diplomacia portuguesa.

João Gomes Cravinho estará na quarta e quinta-feira na capital da Etiópia, durante o 44.º Conselho Executivo da União Africana, que antecede a cimeira anual da organização pan-africana, no sábado e domingo.

Num momento em que a UA se prepara para apresentar as suas prioridades para os próximos cinco anos e a União Europeia encerra um ciclo institucional de cinco anos, o diálogo de alto nível "contribuirá para promover uma visão mutuamente benéfica e um conjunto de prioridades comuns para a África e a Europa em matéria de política e ação no domínio dos oceanos", segundo o documento de apresentação do encontro.

"O evento abrirá também o caminho para um futuro coletivo sustentável à medida que África avança para a segunda década da sua Agenda 2063, a Europa entra num novo ciclo político e começamos a preparar a terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em 2025, dando seguimento ao trabalho efetuado desde a última edição, realizada em 2022 em Lisboa", refere ainda.

À margem das sessões em Adis Abeba, o ministro português tem encontros previstos com homólogos de países como República Democrática do Congo, Argélia, Tanzânia ou Comores, bem como dos países africanos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"O continente africano, infelizmente, vive momentos extremamente perturbantes em termos de paz e segurança, e esses serão os grandes temas de conversa: o Sahel, muito especialmente, mas também a zona do Sudão, Líbia e a região dos Grandes Lagos", referiu à Lusa.

João Gomes Cravinho deverá ainda encontrar-se com o novo secretário-executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA), Claver Gatete; com o comissário da União Africana para a Paz e Segurança, Bankole Adooye, e com a comissária da UA para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente, a angolana Josefa Sacko.

Os Estados membros da União Africana reúnem-se sábado e domingo, em Adis Abeba, para a habitual cimeira anual da organização, com a edição deste ano a poder entrar para a história como uma das mais intensas, desde logo, devido à disputa entre Argélia e Marrocos, que aspiram a deter a presidência rotativa da organização continental, que, respeitando a rotação geográfica, cabe agora à África do Norte.

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