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Madeira? Mariana Mortágua quer eleições para resolver crise política

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, defendeu hoje que a solução da crise política na Região Autónoma da Madeira passa pela realização de eleições regionais.

Madeira? Mariana Mortágua quer eleições para resolver crise política
Notícias ao Minuto

22:14 - 17/02/24 por Lusa

Política Crise na Madeira

Ao iniciar a sua intervenção num jantar comício do BE, em Coimbra, Mariana Mortágua responsabilizou o PSD, que governa a Madeira em coligação com o CDS-PP, pelos problemas sociais e "uma crise ambiental permanente" na região, que culminaram, nas últimas semanas, com uma crise política.

"Os negócios desse regime devem ser investigados e julgados na justiça. A crise desse regime só pode ser resolvida em eleições", afirmou.

Para a líder nacional do BE, vai ser necessário "dar a voz ao povo" da Madeira.

O representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, anunciou hoje que vai manter o Governo Regional (PSD/CDS-PP), de gestão, em funções, até o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, decidir se dissolve a Assembleia Legislativa, o que só poderá ocorrer depois de 24 de março.

A decisão de Ireneu Barreto foi anunciada três semanas depois de o líder do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, se ter demitido após ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na região, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.

Em 24 de janeiro, a Polícia Judiciária (PJ) realizou cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

Na sequência desta operação, a PJ deteve o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), que também já renunciou ao cargo, o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.

Os três arguidos foram libertados na quarta-feira com termo de identidade e residência, três semanas após as detenções.

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