Polícias desmobilizam do Capitólio após saída de Pedro Nuno e Montenegro
Os elementos da PSP e da GNR concentrados junto ao Capitólio, em Lisboa, desmobilizaram pouco depois das 22h00, quando os automóveis que transportavam os líderes do PSD e do PS saíram do local.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Polícias
À passagem dos carros com Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos no final do debate eleitoral que decorreu no Capitólio, os cerca de cem polícias ainda concentrados gritaram "polícia unida jamais será vencida" e bateram uma salva de palmas.
Numa iniciativa espontânea e não autorizada, centenas de polícias dirigiram-se hoje para o Capitólio, onde decorreu o debate os dois candidatos a primeiro-ministro, após uma concentração que juntou cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR na Praça do Comércio, junto ao Ministério da Administração Interna (MAI).
Vestidos de camisolas pretas e empunhando bandeiras de Portugal, os elementos da PSP e da GNR assobiavam, batiam palmas e gritavam "polícias unidos jamais serão vencidos", "vergonha", "respeito" e "Portugal", além de cantarem o hino nacional.
Durante o debate, no interior do Capitólio, os líderes do PS e do PSD reiteraram estar disponíveis para dialogar e chegar a um acordo sobre as reivindicações das forças de segurança após as eleições, mas Pedro Nuno Santos avisou que "não se negoceia sob coação".
Ao longo do debate, muitos dos polícias foram desmobilizando, acabando por ficar apenas cerca de uma centena.
A direção nacional da PSP anunciou entretanto que vai comunicar ao Ministério Público a marcha e a concentração junto ao Capitólio por o protesto não estar autorizado.
O porta-voz da PSP disse que a concentração de elementos da PSP e GNR na Praça do Comércio estava autorizada e tinha sido comunicada à autoridade competente, que é a Câmara Municipal de Lisboa (CML).
No entanto, o mesmo não aconteceu com o desfile que se seguiu, pela Rua da Prata, Praça do Rossio e Avenida da Liberdade, e com a concentração junto ao Capitólio.
Sérgio Soares explicou que, por o protesto não ter sido comunicado à CML, a lei obriga a que haja comunicação ao Ministério Público.
Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
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