"Desde o final de 2020 que lideramos uma via de governação que se afirma pelas suas políticas reformistas e pela sua prática do diálogo com outras forças políticas, com as autarquias locais e com os parceiros sociais", disse Bolieiro.
O social-democrata, que venceu as eleições regionais de 04 de fevereiro, sem maioria absoluta, falava hoje na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na cidade da Horta, na ilha do Faial, minutos depois de tomar posse como presidente do XIV Governo Regional.
E prosseguiu: "Mas é por ter sido assim que a maioria se tem sentido parte ativa do nosso desenvolvimento coletivo. Com o tempo e a sua consistência queremos que da maioria que participou, passemos para uma totalidade que se envolve com o nosso projeto coletivo e de gerações. E é assim que se governa nos dias de hoje nas sociedades desenvolvidas e pujantes".
"O XIV Governo dos Açores irá, porque foi esse o mandato claro que recebemos do povo açoriano, faz hoje exatamente um mês, dar continuidade às reformas que o futuro quer e que também nós queremos e exigimos. Assumimos opções reformistas e disruptivas, que vamos manter, aprofundar e alargar", afirmou.
José Manuel Bolieiro referiu que o executivo que lidera também continuará, com consistência, "a implementar políticas públicas, que têm mostrado resultados, gerando mais coesão territorial" e a criar "mais riqueza, mais emprego e mais coesão social".
"As nossas políticas inovadoras e disruptivas deram bons resultados. São para continuar e ganhar consistência, se nos derem estabilidade e duração. Para isso, cada um assumirá responsabilidade própria. Responsabilidade própria pela estabilidade", declarou.
Segundo Bolieiro, será mantida a baixa de impostos: "Com menos impostos fica mais rendimento com as famílias e com as empresas. As famílias ficam com mais recursos disponíveis e as empresas com mais capacidade de investimento".
"Prosseguiremos a orientação de tornar a dívida pública da região sustentável e transparente, mostrando o que até então não se via, bem como a orientação de geri-la com o grau de exigência que, não inviabilizando o investimento de que necessitamos e o bom uso dos fundos a que temos acesso, não prejudique o direito das futuras gerações a decidirem sobre a sua vida e o seu devir, reduzindo o seu peso na nossa riqueza, no quadro do nosso PIB (Produto Interno Bruto)", prometeu.
Como referiu no seu discurso de tomada de posse, "estas são convicções políticas e doutrinárias de uma via de governação não socialista que demonstrou resultados bons para os açorianos": "São opções para durar".
O novo Governo Regional dos Açores tomou hoje posse perante a Assembleia Legislativa da região, na cidade da Horta, numa cerimónia que começou pelas 15:00 locais (16:00 em Lisboa).
No dia 22 de fevereiro tomaram posse os novos 57 deputados eleitos nas eleições regionais do dia 04 e o social-democrata Luís Garcia foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa.
Com a entrada em funções, o novo executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM tem 10 dias para entregar, na Assembleia Regional, o Programa do Governo, o documento que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor para toda a legislatura.
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