"A adesão que temos tido é bastante significativa. Temos escolas fechadas de norte a sul do país, além de escolas a meio gás", afirmou André Pestana, coordenador do Stop, em declarações à Lusa, salientando que a paralisação nacional é dirigida a todos os trabalhadores das escolas.
André Pestana salientou que a maioria dos profissionais da educação são mulheres e que são habituais os relatos de discriminação: "Há professoras que são prejudicadas profissionalmente por serem mães", acusou.
Há histórias de mulheres que dizem ter sido prejudicadas na avaliação e na progressão da carreira por terem estado de baixa por gravidez de risco ou por terem estado em licença de parentalidade.
André Pestana referiu ainda casos de mulheres que revelaram que as escolas decidiram unilateralmente as horas ou turmas que lhes iriam ser retiradas para amamentarem os filhos.
"Todos os estudos mostram que em Portugal e no Mundo continua a haver discriminação contra as mulheres", lamentou, acrescentando que esta realidade levou o Stop a decidir participar na marcha organizada pela Plataforma Feminista e pela Rede 8 de Março, que começa hoje às 18:00 na Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, e termina no Rossio.
Além das questões relacionadas especificamente com as mulheres, os profissionais vão aproveitar a greve para reafirmar as reivindicações que têm marcado a contestação nas escolas, como a valorização e dignificação das carreiras docente e de assistente operacional de educação, a recuperação do tempo de serviço congelado e a revisão do regime de recrutamento e gestão de pessoal docente.
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