Em comunicado, a GNR adiantou que o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (Sepna), no domingo, "apreendeu 2,214 quilos de meixão e deteve um homem de 44 anos por crime de dano contra a natureza, nomeadamente pesca ilegal de meixão".
No âmbito de uma investigação "que decorria há cerca de um ano", os militares da GNR "detetaram o suspeito no leito do rio a efetuar a pesca ilegal do meixão" e constaram que "já tinha na sua posse espécimes em fase larvar da enguia ('Anguilla anguilla'), motivo pelo qual foi detido", lê-se na nota.
No decorrer das diligências policiais, os elementos do Sepna apreenderam "2,214 quilos de meixão, três redes de captura", uma embarcação e "vários utensílios utilizados na captura do meixão".
O detido foi constituído arguido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Benavente.
A ação contou com o reforço da estrutura de investigação criminal do comando territorial de Santarém e da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF) da GNR.
"A enguia europeia ('Anguilla anguilla'), que na fase larvar é conhecida por enguia juvenil/meixão, é uma espécie considerada em perigo e que tem sofrido grande redução em razão da pesca ilegal, impedindo desta forma o normal ciclo de reprodução, colocando em causa a sustentabilidade da espécie", explicou a GNR.
O valor do meixão, no mercado final (países europeus e asiáticos), "varia consoante os meses e pode alcançar um valor de seis mil euros por quilo".
"Por se encontrar em boas condições de sobrevivência, o meixão foi imediatamente restituído ao seu 'habitat' natural", acrescentou a GNR.
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