Apoiantes do grupo ativista Climáximo entraram no Campo de Golfe de Oeiras, no distrito de Lisboa, com "enxadas e dezenas de legumes e árvores", para "inaugurar uma horta urbana agroflorestal para produção alimentar".
O objetivo? "Travar o crime de se continuar a usar recursos energéticos e água para a manutenção de campos de golfe quando em plena crise climática e protestos de agricultores por falta de água", disseram os mesmos em comunicado.
Seis ativistas "plantaram uma variedade de espécies hortícolas e árvores autóctones, mostrando como, 'com as nossas próprias mãos', as pessoas podem 'construir um mundo em função dos interesses e necessidades reais".
Podem-se, também, "travar consumos criminosos e desajustados por parte dos super-ricos, e dar novos propósitos a locais que atualmente são de acesso restrito para as elites que mais culpadas são pela crise climática", disseram os ativistas.
"O Climáximo, que interrompeu a noite das eleições, afirma que tanto o Governo atual como o próximo têm planos para garantir o colapso climático, estando assim nas mãos das pessoas o mandato para travar a crise climática. O coletivo chama todas as pessoas para não consentirem com a guerra atual contra as vidas e entrarem em resistência climática", conclui na nota enviada às redações.
A porta-voz Leonor Canadas considerou que "consumos de luxo e consumos sem utilidade social e com um grande impacto a nível de emissões, gasto de água doce e destruição de ecossistemas, têm de acabar imediatamente".
Este é o mesmo grupo, recorde-se, que, na noite eleitoral de 10 de março, protagonizou um protesto na sede de campanha da Aliança Democrática, em Lisboa, pintando a fachada do hotel Epic Sana Marquês com tinta vermelha, contra o "negacionismo climático".
No sábado, três ativistas do mesmo grupo foram detidos por bloquearem, durante cerca de meia hora, o trânsito na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa.
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