A Polícia Judiciária (PJ) já identificou o corpo mutilado encontrado dentro de um saco de plástico, na madrugada de terça-feira, por funcionários da Câmara Municipal de Lisboa que procediam à recolha do lixo, no bairro da Lapa.
A vítima "trata-se de um homem estrangeiro, com 35 anos e que residia em Portugal há já algum tempo", segundo revelou a PJ, em comunicado.
As informações foram inicialmente avançadas pela CNN Portugal, esta sexta-feira, que adiantou que o homem deverá ter nacionalidade brasileira e que o namorado foi interrogado pelas autoridades.
De qualquer modo, a CNN Portugal ressalvou ainda que as autoridades não têm registo de pessoas desaparecidas com as características da vítima, cujas tatuagens – um touro e uma frase na perna – foram encaradas como possíveis pistas para chegar à sua identidade.
A Valorsul, a empresa onde é deixado o lixo que é recolhido na Área Metropolitana de Lisboa, já foi alvo de buscas para tentar encontrar o resto do corpo, nomeadamente o tronco e a cabeça da vítima. As autoridades acreditam que o crime teve natureza passional.
Suspeito vivia perto do local onde o corpo foi encontrado
O suspeito do crime, um homem de 48 anos e de nacionalidade espanhola, teria "uma relação de intimidade com a vítima" que "já tinha algum tempo, eventualmente anos", segundo disse o diretor da diretoria da Polícia Judiciária de Lisboa e Vale do Tejo, João Oliveira, em conferência de imprensa, citado pela SIC Notícias.
O homem residia perto do local onde o corpo mutilado foi encontrado, estando as autoridades a equacionar que possa ter transportado o cadáver para o local "a pé".
As autoridades confirmaram também que as restantes partes do corpo ainda estão por localizar. Ainda assim, a autópsia realizada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal revelou que o desmembramento ocorreu após a morte, cujas causas não foram apuradas.
A identidade do alegado agressor foi antes da da vítima, desconhecendo-se as eventuais motivações para o crime. As duas tatuagens "de dois animais diferentes" e uma outra tatuagem com caracteres árabes "foram determinantes" para identificar a vítima, de acordo com o responsável.
A PJ adiantou ainda que o suspeito do homicídio e profanação de cadáver trabalhava na área imobiliária, enquanto a vítima estava a estudar na área médica.
Na quarta-feira, a PJ confirmou ao Notícias ao Minuto estar "a investigar e atenta a todas as fontes de informação", quanto questionada sobre o uso de imagens de videovigilância e de informações sobre marcas no corpo mutilado.
Já o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, confessou ao Notícias ao Minuto que "toda a comunidade está em choque com a notícia, sem reconhecer quem possa ser a vítima e sem compreender o que possa estar na origem deste crime macabro".
[Notícia atualizada às 20h08]
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