Poda vai condicionar trânsito na Circunvalação entre Anémona e Campanhã

A Infraestruturas de Portugal (IP) informou hoje que vários trabalhos de poda de árvores na Estrada da Circunvalação, no Grande Porto, vão condicionar a circulação até 05 de abril, entre as 09h00 e as 17h00.

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Lusa
18/03/2024 20:00 ‧ 18/03/2024 por Lusa

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Circunvalação

De acordo com um comunicado da empresa pública que gere a estrada que une Matosinhos, Porto, Maia e Gondomar, esta "vai executar trabalhos de poda de árvores de forma faseada ao longo da EN12 -- Estrada da Circunvalação, entre o km 0 e o km 16,546", ou seja, entre a zona da Anémona e Campanhã.

"Para a execução destes trabalhos, que vão decorrer em horário diurno entre as 09h00 e as 17h00 de 19 de março [terça-feira] a 05 de abril, será necessário proceder à supressão da via esquerda à passagem no local onde está a ser realizada a intervenção", explica a IP.

Segundo a empresa, a intervenção é necessária "para garantir a boa execução dos trabalhos que têm como objetivo mitigar os riscos para segurança dos utilizadores" da via.

"A zona de trabalhos e o correspondente condicionamento de trânsito estarão devidamente sinalizados", garante a IP.

Na semana passada, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acusou a IP de abater árvores que servem como barreira acústica na Prelada, junto à VCI, sem informar o município, mas a empresa alegou problemas fitossanitários.

"Sem que a Câmara Municipal do Porto tivesse sido informada, a IP resolveu deitar abaixo um conjunto extenso de árvores - cerca 60 árvores que ladeiam a VCI [Via de Cintura Interna] - e nós, pura e simplesmente, não fomos informados dessa situação", disse Rui Moreira aos jornalistas na terça-feira, após ter tido conhecimento do abate na rua Maria Lamas na segunda-feira anterior.

Segundo o autarca do Porto, o abate dos choupos causou "constrangimentos e consternação na população, porque são árvores de grande porte", tendo a operação sido entretanto suspensa por ordem da Polícia Municipal, por motivos de segurança.

Em resposta à Lusa, fonte oficial da IP referiu que "os serviços operacionais foram previamente informados da necessidade e do motivo que levou à necessidade do corte de trânsito".

Já num comunicado enviado às redações, a IP informou que as árvores, de idade avançada, tinham "problemas fitossanitários, estando em causa a estabilidade das mesmas", tendo promovido, nos últimos anos, "diversas ações com o objetivo de obter a regeneração das referidas árvores, sem que, no entanto, tenha sido possível reverter a situação".

A decisão de abate "tem por base uma avaliação por parte dos serviços técnicos e ambientais da IP", visando "garantir as condições de segurança de pessoas e bens".

Questionado sobre se a autarquia ou a Área Metropolitana poderiam ter poder direto para intervir em vias de características locais como a VCI ou a Circunvalação, geridas pela IP, Rui Moreira disse esperar que o novo Governo encontre "uma solução diferente" da atual.

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