Lucília Gago falava à saída da conferência 'A Justiça antes e depois do 25 de Abril', que hoje decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e cuja sessão de encerramento ficou a cargo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que sublinhou que não há democracia sem uma "justiça independente e amplamente confiável" e que é por aí que "começam as tentações ditatoriais", pedindo a todos os intervenientes um autoexame e revisão de métodos.
Sobre os apelos a uma justiça confiável deixados pelo Presidente da República, Lucília Gago respondeu com concordância, considerando que "é essencial, sem dúvida" uma relação de confiança entre política e justiça e que acredita que, "no essencial", existe confiança na justiça.
"É preciso reforçá-la, naturalmente, porque a confiança na justiça é um dos pilares essenciais e a sociedade deve naturalmente depositar a maior confiança nas instituições da justiça", disse a procuradora-geral da República, que termina o seu mandato em outubro e já manifestou indisponibilidade para continuar no cargo.
A ideia de um pacto na Justiça, hoje retomada por Marcelo Rebelo de Sousa, que voltou a fazer um apelo nesse sentido, merece também o apoio e concordância de Lucília Gago: "Acho que é importante o apelo e acho que poderá vir a haver essas condições [para se concretizar um pacto para a justiça]".
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