A iniciativa é da Federação Nacional da Educação (FNE), em colaboração com a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) e Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET).
"Em roteiros para a legislatura anteriores, já tínhamos desafiado o Ministério da Educação a criar um observatório para questões da violência e indisciplina, em virtude de sentirmos que, ano após ano, se agudizavam os problemas", explicou à Lusa o secretário-geral da FNE.
Na falta de resposta da tutela, mas com o apoio de outras organizações, a federação decidiu não esperar mais e o Observatório da Convivência Escolar foi lançado hoje, desde já com o lançamento de uma plataforma 'online' para denúncias.
"Queremos criar mecanismos em que possam ser relatados acontecimentos, por alunos, professores ou auxiliares educativos, e queremos também promover um trabalho de investigação que permita, no final de cada ano, apresentar um relatório", explicou Pedro Barreiros.
No âmbito do Observatório, será criado um grupo de trabalho com representantes de todas as organizações envolvidas.
"Quanto mais abrangente, melhor", sublinhou o dirigente sindical, referindo que, além da Confap, da ANDAEP e da AFIET, estão ainda a aguardar resposta da Ordem dos Psicólogos, que também manifestou interesse em colaborar na iniciativa.
"É de tal forma urgente que, tendo já o apoio destas organizações, é benéfico que seja já apresentada, até para que outros possam aderir", acrescentou.
Entre outras questões, o Observatório da Convivência Escolar vai focar-se nos cassos de 'bullying' e de 'ciberbullying', que a FNE diz assumirem uma dimensão cada vez mais significativa no dia-a-dia das escolas.
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