A ação foi convocada pelo Núcleo do Partido dos Trabalhadores (PT) em Portugal, pelo Partido Comunista do Brasil, o Comité Popular de Mulheres em Portugal, o Comité Popular de Estudantes Brasileiros em Portugal, o Comité de Luta Portugal, a Associação de Apoio aos Brasileiros em Situação de Imigração e o Coletivo Pau Brasil.
"Estamos aqui em defesa da democracia brasileira", resumiu o líder do Núcleo do PT em Portugal, recordando que hoje estão a decorrer várias ações de mobilização sob o mesmo mote no Brasil, no âmbito do Dia Nacional de Mobilização, convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Prola afirmou que a democracia brasileira foi posta em causa há cerca de um ano, com os ataques em Brasília, em 08 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiantes do ex-Presidente invadiram e vandalizaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto.
O golpe de Estado falhou, mas agora Pedro Prola defende que a justiça deve "atuar de forma independente, de forma isenta" e sem permitir a desresponsabilização dos responsáveis e envolvidos.
Em fevereiro, Jair Bolsonaro pediu uma amnistia para os seus apoiantes que foram detidos naquele dia, em 08 de janeiro de 2023, algo que o líder do Núcleo do PT em Portugal considera inaceitável.
"Não pode acontecer, porque as pessoas que cometem crimes têm de ser responsabilizadas", sublinhou o apoiante do atual Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendendo que sejam apuradas "todas as responsabilidades, não deixando nenhum responsável fora dessa investigação".
Durante a ação em Lisboa, os manifestantes - alguns também com bandeiras da Palestina em solidariedade contra o conflito na Faixa de Gaza - lembraram os 60 anos do golpe de Estado de 01 de abril de 1964, que instaurou a ditadura militar, gritando "Ditadura nunca mais".
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