A informação foi confirmada à Lusa por fonte oficial do Chega.
Esta é a segunda candidatura do partido, que avançou na terça-feira com a deputada Manuela Tender, que falhou a eleição.
Rui Paulo Sousa, eleito por Lisboa, é adjunto da Direção Nacional do Chega, com o pelouro da secretaria-geral.
Na legislatura passada, o deputado foi candidato a vice-presidente da Assembleia da República mas falhou a eleição.
Em declarações aos jornalistas, o presidente em exercício, o comunista António Filipe, indicou que até agora "só deu entrada uma candidatura" a esta eleição e que PS e PSD pediram o prolongamento do prazo de entrega de candidaturas.
Na terça-feira, o Chega tinha indicado como candidata a deputada Manuela Tender, eleita pelo círculo de Vila Real, que falhou a eleição, tendo recebido 49 votos.
Nessa noite, logo após o encerramento dos trabalhos, o presidente do Chega anunciou que iria pedir uma reunião ao líder do PSD, Luís Montenegro, sobre o impasse na eleição para a presidência da Assembleia da República, esperando "um entendimento" para aprovar um candidato indicado pela direita.
Caso não existisse, André Ventura admitiu que o Chega poderia avançar com outro candidato na nova eleição.
Os deputados voltam hoje a reunir-se em plenário às 12:00 para tentar eleger, pela quarta vez, o presidente da Assembleia da República, depois das três tentativas falhadas na terça-feira.
A eleição do presidente da Assembleia da República tem de ser realizada na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções (116).
Na terça-feira, a primeira eleição do presidente do parlamento, feita por voto secreto, começou pelas 15:00, apenas com o deputado social-democrata José Pedro Aguiar-Branco como candidato.
Pelas 17:00, era anunciado o primeiro falhanço desta eleição para presidente da Assembleia da República, já que o antigo ministro da Defesa obteve 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos.
Cerca de uma hora depois o PSD retirou a candidatura, mas pelas 19:00 o antigo ministro da Defesa voltou a reapresentá-la.
Pela mesma hora, o PS decidia avançar com a candidatura de Francisco Assis e o Chega de Manuela Tender.
Na primeira volta, o socialista vence por uma margem curta (90 contra 88 de Aguiar-Branco) e a deputada do Chega ficaria pelo caminho com 49 votos.
À segunda volta - terceira tentativa de eleição -, repete-se novo falhanço, com resultados muito semelhantes: 90 votos para Assis e 88 para Aguiar-Branco, sem que nenhum conseguisse a necessária maioria absoluta de votos favoráveis.
[Notícia atualizada às 11h23]
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