Igreja Católica quer vocações no centro da discussão, sem tabus
A Igreja Católica quer colocar a questão das vocações religiosas no centro das discussões do dia-a-dia, retirando-lhe o cariz de "tabu", dedicando a semana de 14 a 21 de abril à oração por aquela opção de vida.
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País Igreja Católica
Numa nota pastoral assinada pelo bispo Vitorino Soares, presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, é defendido que "assinalar a data não é só dar importância ao assunto, não é só reforçar a necessidade da oração para esta causa, mas é sobretudo um alerta e um despertar para a realidade das vocações na vida da Igreja".
"A prioridade é trazer a questão para o nosso dia-a-dia, para as nossas conversas, para as nossas catequeses, para as nossas celebrações, para a nossa pastoral", pois esta "não pode ser matéria tabu, ou apenas da exclusividade de alguns".
Na nota é desatacada a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 21 de abril, a que o pontífice deu o título "Chamados a semear a esperança e a construir a paz".
"Se a questão das vocações estiver na ordem do dia, nenhum de nós se sentirá excluído em ser semeador de esperança e construtor de paz, no ambiente em que habita e no estado de vida em que se encontra", assinala, também, o documento assinado por Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto.
Na mensagem papal, Francisco afirma pensar "em todos aqueles que realizam, dedicadamente e em espírito de colaboração, o seu trabalho; naqueles que, em diferentes campos e de vários modos, se empenham por construir um mundo mais justo, uma economia mais solidária, uma política mais equitativa, uma sociedade mais humana, isto é, em todos os homens e mulheres de boa vontade que se dedicam ao bem comum"."
"O nosso caminho sobre esta terra nunca se reduz a uma labuta sem objetivo nem a um vaguear sem meta; pelo contrário, cada dia, respondendo à nossa chamada, procuramos realizar os passos possíveis rumo a um mundo novo, onde se viva em paz, na justiça e no amor. Somos peregrinos de esperança, porque tendemos para um futuro melhor e empenhamo-nos na sua construção ao longo do caminho", escreve o Papa.
Segundo Francisco, "é decisivo" para os cristãos, cultivarem "um olhar cheio de esperança no nosso tempo".
"Como indivíduos e como comunidade, (...) todos somos chamados a dar 'corpo e coração' à esperança do Evangelho neste mundo marcado por desafios epocais: o avanço ameaçador duma terceira guerra mundial aos pedaços, as multidões de migrantes que fogem da sua terra à procura dum futuro melhor, o aumento constante dos pobres, o perigo de comprometer irreversivelmente a saúde do nosso planeta", exorta o Papa, para quem, a tudo isto vêm ainda juntar-se o risco da resignação ou do derrotismo.
A terminar a sua mensagem para o dia 21 de abril, o Papa evoca ainda a Jornada Mundial da Juventude realizada em Lisboa, em agosto de 2023, para apelar à saída da indiferença.
"Abramos as grades da prisão em que por vezes nos encerramos, para que possa cada um de nós descobrir a própria vocação na Igreja e no mundo e tornar-se peregrino de esperança e artífice de paz!", exorta o líder da Igreja Católica.
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