Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público identifica 3.674 ficheiros, sobretudo vídeos, alegadamente encontrados numa conta digital de armazenamento em nuvem do arguido, totalizando cerca de 27 gigabytes.
Os ficheiros foram encontrados após a residência do arguido ter sido alvo de busca em novembro de 2022, altura em que o seu computador portátil foi apreendido, refere o Ministério Público (MP).
Para além dos ficheiros encontrados na conta digital que seria do arguido, foram ainda identificados outros 142 ficheiros, entre fotografias e vídeos, que estariam armazenados na pasta de transferências do seu computador, afirma a acusação.
A residência do arguido foi alvo de busca um ano depois de a investigação ter identificado a alegada partilha por parte do arguido de dois ficheiros de vídeo de pornografia de menores.
De acordo com o MP, para além de alegadamente armazenar pornografia de menores o arguido manteria conversas com utilizadores da aplicação de mensagens Telegram, partilhando as ligações para as suas pastas com vídeos e fotografias armazenadas na nuvem.
O Ministério Público acredita que o jovem de 28 anos terá armazenado e partilhado fotografias e vídeos pelo menos entre novembro de 2021 e outubro de 2022.
Na acusação, o MP pede ainda que possam ser aplicadas ao arguido sanções acessórias previstas no Código Penal, como a proibição de exercício de funções que envolvam contacto regular com menores e inibição de responsabilidades parentais.
O julgamento começa na quinta-feira, às 11h, à porta fechada (por se tratar de crimes de teor sexual).
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