Desde 2019 até à presente data, foram instaurados 34 processos de contraordenação por infrações na atividade marítimo-turística em Setúbal, confirma ao Notícias ao Minuto fonte da Autoridade Marítima Nacional. A mesma fonte avança ainda que há 16 a decorrer no Comando-local da Polícia Marítima de Setúbal.
Após o trágico naufrágio em Troia - que vitimou duas pessoas e fez dois desaparecidos - e no seguimento de queixas, a Polícia Marítima refere, em esclarecimento ao Notícias ao Minuto, "que as denúncias informais que chegam ao conhecimento do Comando-local da Polícia Marítima de Setúbal são sempre analisadas internamente".
"Após análise, e caso as denúncias sejam pertinentes, são efetuadas operações dirigidas à atividade em específico, que podem ou não englobar outras entidades, dando origem a operações conjuntas", pode ler-se na nota, que frisa que o Comando-local da Polícia Marítima de Setúbal tem conhecimento de infrações nas várias áreas de atuação, "fruto do policiamento de proximidade inerente à comunidade onde atua".
Operacionalmente, esta Polícia tem uma componente que leva em conta as denúncias informais ou anónimas, "sendo que, no entanto, não responde diretamente a estas denúncias".
Relativamente às denúncias recentes sobre a atividade marítimo-turística com embarcações sem licença para exercer a atividade, a Autoridade Marítima Nacional refere que quando são referenciadas, "são objeto de fiscalização sempre que se encontrem a navegar, no sentido de apurar a regularidade da atividade, sem prejuízo das competências específicas das outras entidades".
Autoridades vão manter "buscas regulares" por desaparecidos no naufrágio em Troia
O naufrágio da embarcação, na qual seguiam quatro homens e um rapaz, que iam à pesca de choco, terá acontecido por volta das 7h00 de domingo, dia 7, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10h05. O timoneiro e proprietário do barco foi resgatado com vida por outro barco que passou na zona.
Ainda no domingo, foram retirados do mar os corpos do rapaz, de 11 anos, cujo pai, com cerca de 45 anos, ainda está desaparecido, e o de um adulto, de 23 anos, cujo irmão, de 21, é o outro desaparecido.
As buscas para encontrar os dois desaparecidos no naufrágio de uma embarcação, em Troia, Grândola (Setúbal), decorreram sem sucesso, mas as autoridades vão manter uma vigilância regular até que sejam encontrados os corpos.
De acordo com o comandante local da Polícia Marítima de Setúbal, Marco Serrano Augusto vão ser "empenhados diversos meios", entre eles "embarcações da Polícia Marítima e do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), no mar, e veículos 4×4 da Polícia Marítima, por terra”.
O caso continua a ser investigado pelas autoridades
Leia Também: Barco naufragado em Tróia tinha boia de amarração no Porto de Setúbal