O Conselho Superior de Defesa Nacional, que esteve reunido esta tarde de terça-feira, fez "um ponto de situação relativo ao Médio Oriente e à Ucrânia", a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, segundo se lê na breve nota emitida pela Presidência da República no término da reunião.
"O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu hoje, 16 de abril de 2024, em sessão extraordinária, sob a presidência de Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, para efetuar um ponto de situação relativo ao Médio Oriente e à Ucrânia", pode ler-se.
Recorde-se que o chefe de Estado convocou o encontro no domingo, depois de, um dia antes, o Irão ter lançado um ataque contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 'drones', mísseis balísticos e de cruzeiro.
O ataque ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram vários membros da Guarda revolucionária iraniana, ataque que Teerão atribui a Israel.
Segundo o exército Israelita, dos cerca de 170 'drones' (aeronaves não tripuladas) que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum atingiu o território israelita e 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos também foram intercetados.
Saliente-se que, nos termos da Constituição, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico, presidido pelo Presidente da República, de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.
Fazem parte deste órgão o primeiro-ministro, os ministros de Estado e da Defesa Nacional, Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Finanças e responsáveis pelas áreas da indústria, energia, transportes e comunicações, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os chefes da Armada, do Exército e da Força Aérea.
Integram ainda o Conselho Superior de Defesa Nacional os representantes da República e presidentes dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República e mais dois deputados eleitos para este órgão por maioria de dois terços
Na última reunião deste órgão, realizada em 28 de fevereiro, foi dado um parecer favorável, por unanimidade, às propostas de ajustamento às forças destacadas para 2024 e fez-se um ponto de situação do apoio que tem sido prestado por Portugal à Ucrânia.
[Notícia atualizada às 20h08]
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