Plano para recuperar tempo de serviço chegará até junho, diz SIPE

O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) revelou hoje que o Governo deverá apresentar até junho um modelo para a recuperação do tempo de serviço congelado dos docentes, uma reivindicação que provocou inúmeras greves e manifestações nos últimos anos.

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Lusa
18/04/2024 16:55 ‧ 18/04/2024 por Lusa

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Professores

No final da reunião com a nova equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, a presidente do SIPE, Júlia Azevedo, disse aos jornalistas que "houve abertura para, nos próximos 60 dias, ficar resolvida a questão da recuperação do tempo de serviço".

O programa do governo prevê uma recuperação anual de 20% dos seis anos, seis meses e 23 dias de trabalho congelado que ficou por contabilizar durante a 'Troika'.

Este foi um dos principais assuntos abordados na reunião com o SIPE e, segundo Júlia Azevedo, o executivo disse que iria "apresentar uma solução de como será retomado esse tempo", permitindo devolver aos docentes a "primeira tranche nos próximos 60 dias".

O SIPE defende que a questão deverá estar fechada antes da avaliação de professores, que vai acontecer em junho e é um mecanismo que permite a progressão na carreira e respetivo aumento salarial.

O SIPE defende uma recuperação de 25% ao ano, para que todo o tempo de serviço possa ser devolvido dentro da atual legislatura.

Júlia Azevedo acrescentou ainda que, na reunião, o sindicato lembrou os docentes que entretanto se irão reformar, defendendo que também deverá ser contabilizado esse tempo para efeitos de reforma.

O SIPE entregou ainda um documento com 20 pontos de velhas reivindicações que quer debater com a nova equipa, como os horários de trabalho, a redução do trabalho burocrático, a idade de reforma ou aumentos salariais.

As negociações com a tutela começam no próximo mês, não sendo ainda conhecido o caderno desses novos encontros.

Graziela Rodrigues, do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados, disse aos jornalistas ter sentido da parte do executivo "uma abertura para dar mais" do que os 20% definidos no programa de governo.

Nas reuniões de hoje, o ministro tem dito que quer "devolver a serenidade às escolas", resolvendo os problemas do setor para que o próximo ano letivo se inicie "de forma mais calma", contaram os representantes dos sindicatos.

Além do ministro estão também presentes nas reuniões o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, e a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido.

Leia Também: Tempo de serviço? Docentes admitem negociar novas fórmulas de recuperação

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