Em comunicado enviado às redações, estes ativistas ambientais exigem "parar imediatamente todos os voos desnecessários, em particular Lisboa - Porto; parar toda a publicidade e patrocínios que legitimizam o mercado fóssil em todos os espaços públicos; uma redução drástica da indústria da aviação; e o cancelamento do novo aeroporto, por ser um projeto, como qualquer projeto que aumente emissões, de morte e de colapso climático".
Entre as novas mensagens colocadas nos espaços publicitários das paragens de autocarro do Cais do Sodré e da Praça da Figueira pode ler-se: "Espaço público livre de combustíveis fósseis", "Mais aeroportos: viagens com destino ao colapso climático", "Novo destino: voo direto para o caos climático" e "Fim à publicidade de combustíveis fósseis".
A iniciativa enquadra-se, segundo a nota do Climáximo, na semana internacional de ação contra a publicidade, o patrocínio e o 'greenwashing' das companhias aéreas, coordenada pela organização Stay Grounded e pelo projeto Badvertising.
Contactado pela Lusa, o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) assumiu não ter tido até agora conhecimento da situação.
A porta-voz da Climáximo, Leonor Canadas, apontou aos lucros de empresas e governos mundiais à custa da crise climática, mas não esqueceu um grupo de 11 ativistas que começam na segunda-feira a ser julgados no Campus da Justiça, em Lisboa, pelos seus protestos durante os últimos meses, anunciando a realização de "Assembleias de Abril" para demonstrar solidariedade e refletir sobre novas ações.
"Enquanto eles saem impunes pelos seus crimes contra a humanidade, quem luta pela vida e resiste pacificamente contra a destruição de tudo o que importa vai, nas vésperas do 25 de Abril, ser julgada e possivelmente condenada a um ano de prisão", referiu, em declarações citadas no comunicado do grupo.
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