Gondomar aprova contas de 2024 com saldo positivo de 216 mil euros

A Câmara de Gondomar aprovou esta quarta-feira, com os votos contra da oposição, o relatório e contas de 2024, que apresenta um saldo positivo de 216 mil euros, quase menos 400 mil euros do que o apurado em 2023.

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© Facebook / Câmara Municipal de Gondomar

Lusa
23/04/2025 18:52 ‧ há 5 horas por Lusa

País

Gondomar

Em declarações à Lusa, o presidente da autarquia socialista, Luís Filipe Araújo, justificou a diminuição no resultado líquido, relacionando o aumento dos encargos com despesas correntes, com uma conjuntura económica desfavorável que tem penalizado o município desde a pandemia da covid-19 e o facto de, em 2024, a câmara ter pagado cerca de dois milhões de euros em juros.

 

"A partir da [pandemia] covid-19, tivemos uma série de alterações na conjuntura económica [que foram] desfavoráveis. E a partir dessa data, os nossos saldos orçamentais têm sido realmente mais reduzidos. O que tem obrigado a um esforço de tesouraria maior", disse o autarca do distrito do Porto.

Luís Filipe Araújo detalhou que "os encargos com os juros também se têm mantido bastante elevados" e, fazendo a comparação entre "os dados de 2022 e os de agora, só em juros a autarquia tem encargos que são o dobro do que tinha anteriormente".

"Estamos a falar de à volta de 2 milhões de euros que tivemos em 2024, só para juros", precisou.

Ainda sobre o exercício de 2024, o presidente da autarquia destacou ter sido possível "alargar em mais 8 milhões a margem de endividamento, que fica fixada em cerca de 74 milhões de euros", sublinhando que Gondomar "tem uma situação sólida".

A nota de imprensa assinala que, do lado da receita, registou-se um aumento significativo da proveniente do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), que ascendeu a 11,6 milhões de euros em 2024 -- mais 2,5 milhões de euros face ao ano anterior --, refletindo uma maior dinâmica no mercado imobiliário do concelho.

Em sentido inverso, lê-se ainda, a coleta do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), aplicado aos prédios urbanos, registou uma diminuição de cerca de 447 mil euros em relação a 2023, fixando-se nos 17 milhões de euros.

O investimento em centros de saúde, por causa da transferência de competências, a aposta também no parque escolar e nas piscinas municipais ocupam, segundo Luís Filipe Araújo, grande parte do valor investido em 2024.

A vereadora Cristina Coelho justificou o voto contra da CDU, com as "desculpas" da câmara sobre os efeitos da "guerra na Ucrânia, a instabilidade internacional, a questão na faixa de Gaza, no aumento de preços e para a não execução, ou pelo menos, para baixas taxas de execução em algumas áreas".

"As feiras têm uma taxa de execução de 11%, a saúde está pouco acima dos 30% e há ainda a rubrica sobre outras funções económicas que se prende com o desenvolvimento económico do concelho, que tem uma taxa de execução à volta dos 51%", argumentou a autarca, para quem este desempenho "está alinhado com más ações políticas".

Para o vereador do PSD Jorge Ascensão, o "concelho tem os piores indicadores ao nível da Área Metropolitana do Porto e mesmo dos piores ao nível nacional, seja no desenvolvimento económico, seja na mobilidade, na ação social", situação que, sublinhou, "se verifica no relatório de contas" cujo resultado votou contra.

"Aquilo que se percebe neste relatório de contas é que há, de facto, despesa corrente, há despesa pouco produtiva e, mesmo assim, ao nível da execução, tudo ficou abaixo daquilo que era previsto".

O autarca apontou ainda, sobre as alegadas melhorias na mobilidade defendidas pela câmara, "que não são visíveis a quem circula em passeios cheios de buracos, obras que estão tapadas por barreiras metálicas ad aeternum, onde não se consegue passar muitas vezes nem com cadeiras de rodas".

Leia Também: Técnico de Emergência Pré-Hospitalar do INEM agredido em Gondomar

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