Estudantes do movimento Fim ao Fóssil ocuparam, na tarde desta segunda-feira, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa.
Os ativistas climáticos montaram uma ocupação no interior da faculdade, com várias tendas e faixas, em protesto "contra a inação das instituições de poder" em relação àquela que dizem ser a "'maior crise que a humanidade já enfrentou'".
"Na semana dos 50 anos do 25 de Abril ocupamos a nossa faculdade pelos direitos que a revolução ganhou. Em colapso climático não há paz, pão, saúde, habitação, ... e muito menos educação", afirmou Beatriz Xavier, estudante da FCSH que faz parte do protesto, citada num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
A jovem indicou que o movimento escolheu ocupar a faculdade "porque os espaços que a sociedade elegeu" para projetar os jovens "para o futuro devem ser um espaço de organização e de luta dos estudantes".
Na mesma nota, recordam que na última ocupação a Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada a intervir, mas que continuam "determinados" e "inspirados pelos exemplos da luta estudantil contra o Estado Novo".
"Enquanto estudantes, é nossa responsabilidade seguir o legado do movimento estudantil contra a ditadura, que em tempos de opressão, respondeu com resistência", disse Beatriz. "Estudantes já deram várias provas de que, com a sua ação, a mudança é possível. Hoje, ela é necessária mais do que nunca. É urgente reerguer a resistência estudantil, para garantir que os estudantes têm um futuro", completou.
O movimento promete novas ações nas escolas "para mobilizar e organizar estudantes".
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