Combate aos fogos. Agência portuguesa defende na ONU programa global

O presidente da Agência Para a Gestão Integrada de Fogos Rurais defendeu, na ONU, um mecanismo internacional para que se crie um programa global de gestão de incêndios e se facilite o financiamento de ações em todo o mundo.

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Lusa
07/05/2024 16:37 ‧ 07/05/2024 por Lusa

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Incêndios

Numa nota hoje divulgada, a Agência Para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) refere que Tiago Oliveira participou na segunda-feira na 19.ª sessão do Fórum para as Florestas das Nações Unidas (ONU), onde apresentou um modelo de governança e gestão de incêndios.

Esta sugestão aconteceu num evento paralelo organizado por Portugal, Índia, Coreia do Sul e International Tropical Timbre Organization.

O presidente da AGIF defendeu, segundo um comunicado, "um quadro mais robusto capaz de lidar com a complexidade e a incerteza dos fogos rurais, sendo para isso necessário criar um mecanismo internacional no seio da ONU para promover a implementação de um programa global de gestão integrada de incêndios e facilitar o financiamento de ações de gestão integrada de incêndios em todo o mundo".

A AGIF sublinha que os incêndios rurais são um desafio que exige o envolvimento de toda a sociedade, a articulação de múltiplas entidades e várias áreas governativas.

A articulação institucional, integrando práticas e saberes, a par da cooperação internacional, é um dos pontos-chave defendidos pela AGIF, bem como "a importância de reconhecer que os incêndios rurais exigem especialização na intervenção de todos os agentes, com um foco muito mais amplo do que apenas na eliminação dos incêndios, apostando fortemente na prevenção e no trabalho com as comunidades locais".

Para a agência, após os incêndios em Portugal em 2017, "o panorama dos fogos rurais em Portugal sofreu uma mudança assinalável, permitindo uma maior preservação de bens, património natural e especialmente de vidas".

Segundo dados avançados pela AGIF, em 2023, "o investimento total em prevenção e combate duplicou face a 2017, sendo também o ano com maior esforço de sempre (cerca de 500 milhões de euros), registando-se pela primeira vez zero vítimas fatais entre civis e operacionais em incêndios ou em queimas e queimadas".

"No ano passado, foram registados 7.523 incêndios rurais, o que representa uma diminuição de 46% face à média dos dez anos anteriores (2013-2022). A área ardida totalizou 34.509 hectares, o que revela uma diminuição de 72% em relação à média dos dez anos anteriores. Após quatro anos de implementação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), reduziu-se em 59% a taxa de ignições nos dias de elevado risco de incêndio, face à média dos 10 anos anteriores ao PNGIFR (2010-2019)", afirma a AGIP.

Leia Também: Bombeiros lamentam ausência de reuniões de preparação do dispositivo

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