Uma pianista universitária juntou o útil ao agradável: decidiu trocar concertos por alojamento num lar de idosos.
Beth Christensen, que estuda piano no Conservatório da Universidade de Missouri-Kansas City, nos Estados Unidos, não tem um quarto numa residência universitária. Em vez disso, dorme no Claridge Court, um lar de idosos na cidade vizinha de Prairie Village.
A jovem mudou-se para o lar em julho de 2023, para passar um ano, no âmbito de uma parceria entre o centro de acolhimento de idosos e o Conservatório, tal como explica um artigo divulgado pela própria universidade.
Christensen diz que a experiência tem sido especial, com alguns residentes que se tornaram verdadeiros amigos.
"É muito divertido ter uma relação com o público enquanto artista", disse Christensen. "No início, não fazia nada muito fora do comum - por vezes trazia um vocalista ou tocava música clássica", acrescentou.
"À medida que me sentia mais à vontade, experimentava coisas novas e tocava música mais recente. Por vezes, as pessoas não gostavam e diziam-me. Outros gostam de ver para onde o futuro da música está a ir. É divertido poder perguntar que tipo de música as pessoas querem ouvir e incluí-la no meu repertório", frisou.
Mas esta estadia não serve apenas para música e dormir. A jovem é encorajada a integrar-se na comunidade, desde o ioga, ao voleibol de cadeira ao jantar.
"Faço parte da comunidade e isso é fantástico. Há muitas ligações especiais que fiz. A minha amiga Pat era educadora e eu sou professora de piano. Ela tem ótimas ideias sobre como ajudar as crianças com dificuldades e posso sempre pedir-lhe conselhos. Fazemos puzzles juntas, damos passeios e vamos jantar. Falo-lhe dos programas que estou a ver. Ela tem sido uma grande amiga e é apenas um exemplo", contou.
Para a jovem, a criação desta ligações não elimina as diferenças, mas ajuda a que se apreciem uns aos outros.
"Ter a oportunidade de estabelecer contactos com uma comunidade que é várias gerações mais velha do que eu tem sido muito especial. Estas ligações não fazem com que as nossas diferenças desapareçam, mas ajudam-nos a apreciarmo-nos uns aos outros. Tem sido uma experiência muito bonita", completou.
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