Administração da Tratolixo diz que adesão à greve foi "inferior a 12%"

A administração da Tratolixo, empresa responsável pelo tratamento de resíduos sólidos nos municípios de Sintra, Oeiras, Cascais e Mafra, indicou que a adesão à greve de hoje foi inferior a 12%, contrastando com os 80% avançados pelo sindicato.

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Lusa
20/05/2024 13:28 ‧ 20/05/2024 por Lusa

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Tratolixo

Os trabalhadores da empresa Tratolixo iniciaram às 00:00 de hoje uma greve de 24 horas para reivindicar melhorias salariais. A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e mobiliza os trabalhadores das fábricas de Trajouce, no concelho de Cascais, e de Mafra, num universo de cerca de 300 pessoas.

"A Tratolixo esclarece que a adesão à greve convocada para hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) é inferior a 12%, estando a empresa a laboral dentro da normalidade nas suas instalações (Abrunheira, Trajouce e Ericeira), pelo que esta greve não se traduz em qualquer impacto ao nível da recolha de resíduos ou do seu tratamento por parte da Tratolixo", indica fonte da administração da empresa, numa nota enviada à agência Lusa.

Os números avançados pela administração da Tratolixo contrastam com o balanço que foi feito esta manhã pelo sindicato que, em declarações à Lusa, indicou que a adesão à greve estava às 08:45 "na ordem dos 80%".

"A greve ronda esta manhã os 80%. Temos cerca de meia centena de trabalhadores concentrados junto à empresa em São Domingos de Rana [concelho de Cascais] para reivindicar melhores condições de trabalho", disse à Lusa Cátia Nunes, dirigente do STAL.

O aumento salarial imediato de 150 euros, o estabelecimento de um horário de trabalho de 35 horas semanais, a atribuição de um salário mínimo de 1.000 euros durante este ano e de um subsídio de refeição de 10,50 euros, assim como uma maior abrangência do suplemento de insalubridade, penosidade e risco são as principais reivindicações dos trabalhadores.

Os trabalhadores, segundo Cátia Nunes, estão há seis anos a aguardar que a administração concretize o Acordo de Empresa, melhorando as condições laborais.

Na nota enviada à Lusa, a administração da Tratolixo sublinha que "está em curso um processo negocial do Acordo de Empresa, pelo que deverá ser à mesa das negociações que deve ser continuado o diálogo com os sindicatos".

"A Tratolixo recorda que, estando consciente da importância do reforço do poder de compra, procedeu a aumentos salariais para 2024 superiores ao fixado em diploma legal para o setor privado e para a Administração Pública, tendo garantido o aumento da remuneração base acima do valor do salário mínimo fixado por lei, uma valorização mínima de 52,63 euros em todos os escalões e uma valorização dos escalões iniciais da tabela salarial em 7,79%", pode ler-se ainda.

A última vez que os trabalhadores da Tratolixo realizaram uma greve foi em dezembro de 2022, tendo na altura paralisado durante 48 horas.

A Tratolixo é uma empresa intermunicipal certificada, detida em 100% pela AMTRES -- Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, no distrito de Lisboa, para o tratamento de resíduos sólidos e responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 800.000 habitantes dos municípios deste sistema de gestão de resíduos urbanos.

Leia Também: Adesão à greve dos trabalhadores da Tratolixo ronda os 80%

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