"O potencial de inovação de Coimbra já é reconhecido e bem reconhecido em todo o mundo, em áreas tão distintas como a tecnologia, a saúde e a cultura, entre outras", afirmou o diretor do Departamento de Tecnologias de Informação e Inovação Digital da Câmara Municipal de Coimbra, Nuno Pimenta, na apresentação do EMI, na manhã de hoje.
"O objetivo deste trabalho é que possamos agregar todo este potencial numa estratégia única, consolidada", sintetizou.
Segundo Susana Loureiro, gestora do território Centro da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), empresa que está a prestar a consultoria para este projeto da autarquia, o trabalho possui duas dimensões de análise, sendo uma delas o foco no concelho, "olhar para o território e perceber o que é o ecossistema de inovação existente", verificar o que está a funcionar bem e aquilo que pode ser melhorado.
A segunda dimensão do projeto consiste em olhar para "a inovação no Município", ou seja, "perceber como funciona a autarquia e os seus serviços", como se interligam e comunicam, percebendo o que pode ser feito de diferente e que mudanças precisam de ser adotadas para que a organização se torne "mais eficiente, mais próxima do cidadão, mais promotora da inovação".
"Há aqui um foco muito relevante, que a autarquia pretendeu que estivesse no trabalho, que a inovação nunca esquecesse as várias dimensões, que são os objetivos do desenvolvimento sustentável", vincou Susana Loureiro.
"Muitas vezes, ao pensarmos em inovação, associamos logo diretamente a tecnologia, a inovação tecnológica, até porque Coimbra é muito forte nessa dimensão, mas inovar tem sempre esta dimensão do fazer diferente para todos, para um ecossistema, e os ODS [objetivos de desenvolvimento sustentável] são uma excelente 'bitola' para nós percebermos como podemos inovar sem deixar ninguém para trás", acrescentou.
Susana Loureiro esclareceu ainda que a EMI tem como objetivos implementar uma visão inovadora do concelho, com uma estratégia a médio/longo prazo, e criar um plano que não "cristaliza no momento da sua entrega", mas sim que seja dinâmico, suscetível de adaptação, tal como o próprio contexto onde ele vai operar, servindo como uma primeira ferramenta para se começar a trabalhar.
Posicionar o Município como agregador e impulsionador deste ecossistema local e promover uma ampla participação das entidades e dos munícipes neste trabalho também fazem parte dos objetivos.
O trabalho está dividido em quatro fases, sendo a primeira (que já está a terminar) de planeamento, onde foram preparados os instrumentos de auscultação da comunidade, a segunda de diagnóstico perspetivo, seguida da etapa de definição da visão estratégica e, por fim, a fase de desenvolver uma proposta de plano de ação.
A EMI deverá ficar concluída em setembro.
"Neste momento, qualquer pessoa que queira já aceder a alguma informação, ela já esta disponível no site do Município", revelou Susana Loureiro.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, considerou que Coimbra tem todo o potencial para ser "uma cidade e um município inovador a múltiplos níveis".
O autarca defendeu que a estratégia de inovação do Município "é absolutamente nuclear" e disse ainda contar com a participação e com o envolvimento de todos.
Já o vice-presidente da Câmara, Francisco Veiga, afirmou que "o Município de Coimbra identificou a necessidade de definir e materializar as suas prioridades, programas e ações a médio e longo prazo, sobre os eixos estratégicos de intervenção na área da inovação, por forma a alavancar as suas potencialidades, nomeadamente a agregação e a participação ativa do seu ecossistema local de inovação, no desenvolvimento territorial e na qualidade de vida da sua população".
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