"É, por isso, imperativo, que o combate à pobreza seja uma prioridade", afirmou, em comunicado a Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), ao apelar para a proteção de direitos, através de políticas sociais "mais fortes", que promovam o bem-estar e a coesão social.
Reforçar o modelo social europeu implica "reforçar as políticas sociais ao nível nacional", de acordo com o presidente da EAPN Portugal, Agostinho Jardim Moreira, citado no comunicado.
"As pessoas que vivem em situação de pobreza, as comunidades ciganas, os migrantes e tantos outros vivenciam cada vez mais situações de vulnerabilidade. Continuam a existir cidadãos europeus de primeira e de segunda", defendeu a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN, na sigla em inglês), num apelo hoje divulgado.
A organização recordou que Portugal celebra este ano os 50 anos do golpe militar que depôs a ditadura, considerando que a democracia alcançada "continua a promover desigualdade e narrativas que promovem a discórdia em vez da união".
"As pessoas mais vulneráveis continuam mais vulneráveis. Temos de ter a coragem de dizer basta e investir em modelos alternativos que possam de uma vez por todas garantir a equidade e romper com os ciclos de pobreza", referiu a Rede, pedindo aos candidatos que defendam um pacto europeu pela erradicação da pobreza e "uma economia ao serviço das pessoas".
Concorrem às eleições de domingo um total de 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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