Segundo aquela agência de notícias espanhola, o Comando Central dos EUA anunciou na sexta-feira que a estrutura que estava desativada desde o final de maio, devido a uma tempestade que danificou o pontão que liga o cais à praia, já está operacional.
"As Forças de Defesa de Israel estão a levar a cabo medidas de segurança na costa de Gaza para que o cais dos EUA esteja pronto para continuar a entrega de ajuda humanitária ao povo de Gaza", anunciou o exército israelita, citado pela Efe.
As forças israelitas, aponta a Efe, adiantaram ainda que as suas tropas continuam a levar a cabo "operações orientadas pelos serviços de informação" em Rafah, cidade no extremo sul da Faixa de Gaza onde Israel já controla 40% do território, e estão a avançar para os bairros ocidentais, agora em Tal al Sultan, onde assumiram o controlo de todo o corredor de Filadélfia, a fronteira de 14 quilómetros da Faixa com o Egito.
"As tropas efetuaram uma incursão dirigida a um complexo militar utilizado pelo Batalhão de Tal al Sultan para treinar os terroristas do Hamas. As tropas eliminaram os terroristas que constituíam uma ameaça e localizaram grandes quantidades de armamento e túneis", cita a Efe.
O exército informou na sexta-feira à noite que a aviação israelita eliminou em Rafah o líder das forças de segurança do Hamas, Salame Abu Ajaj, que apoiava as Brigadas al-Qasam do Hamas em tarefas como os deveres militares de rotina.
"No âmbito das suas funções, Ajaj atuou para reforçar e solidificar a organização terrorista na zona de Rafah", declarou um porta-voz militar, citado pela Efe.
Paralelamente à ofensiva em Rafah, Israel intensificou a ofensiva no centro do enclave, nomeadamente no campo de refugiados de Bureij e na parte oriental da cidade de Deir al-Balah, onde "atacou dezenas de células e infraestruturas terroristas, incluindo um túnel subterrâneo escondido numa estrutura civil".
"Como resultado do ataque, foram identificadas explosões secundárias, o que sugere a presença de uma grande quantidade de armamento na estrutura", apontou o exercito israelita.
A agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, que cita fontes médicas, deu conta de pelo menos 11 mortos resultantes de vários ataques separados na Faixa de Gaza desde a madrugada de hoje.
A Wafa relatou também ataques de artilharia contra dois bairros do sul da cidade de Gaza, Zaytun e Sabra, e contra o campo de Nuseirat, no centro, onde cerca de 40 pessoas foram mortas num ataque a uma escola das Nações Unidas na quinta-feira.
Em oito meses de guerra na Faixa de Gaza, mais de 36.730 pessoas foram mortas e 83.500 ficaram feridas e há ainda 10.000 corpos desaparecidos sob os escombros, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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