Ucrânia? "É impossível tratar o conflito sem estarem todos os envolvidos"

O Presidente da República considerou que o "caminho, o passo" que foi dado hoje é "imparável", salientando que Portugal apoia "a integração como membro de pleno direito na União Europeia, a reconstrução total da Ucrânia e a estabilização na Europa, que é fundamental".

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Daniela Carrilho
16/06/2024 12:08 ‧ 16/06/2024 por Daniela Carrilho

País

Cimeira para a Paz na Ucrânia

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez um breve discurso na Cimeira para a Paz na Ucrânia, realçando "o sucesso" desta conferência "pela sua representatividade". Antes, no seu discurso, afirmou que é "urgente conseguir ter uma paz justa e duradoura" e que "todas as partes" interessadas deviam "ter estado a participar" neste processo.

"A proposta em nome da delegação portuguesa tem vários pontos. O primeiro ponto é o sucesso da cimeira, pela sua representatividade que é a projeção do mundo. Foi possível explicar que a guerra é global e a paz tem de ser global", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas, referindo que é importante e "fundamental" não esquecer "os princípios a que deve obedecer a tal paz justa", com base na "Carta das Nações Unidas, o direito internacional e humanitário, o regresso ao multilateralismo, a segurança nuclear e o desenvolvimento sustentável".

O Presidente da República considerou que o "caminho, o passo" que foi dado hoje é "imparável", salientando que Portugal apoia "a integração como membro de pleno direito na União Europeia, a reconstrução total da Ucrânia e a estabilização na Europa, que é fundamental".

"A mensagem é dada ao mundo em termos de cooperação e solidariedade. Juntamo-nos aqui, com visões diferentes, culturas diferentes, continentes diferentes, para fazer este esforço que será traduzido no comunicado final e o importante é a conjugação traduzida no comunicado final", declarou ainda.

Contudo, Marcelo considerou que "é bom que hajam outros passos", como "o alargamento a novos parceiros" que "em rigor, já deviam ter estado neste primeiro passo", instando, neste sentido, a que "todas as partes envolvidas" devam participar numa próxima reunião.

"Se se trata de um conflito, envolve várias partes e é impossível tratar desse conflito, da troca de prisioneiros, do regresso dos deportados, de questões humanitárias de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos", observou ainda, sem mencionar explicitamente a Federação Russa.

"O espírito é de paz e de convergência na paz e não de divisão", acrescentou.

As conclusões da Cimeira são remetidas para a "sessão de encerramento", mas será só nesse momento em que se dirá "onde" acontecerá uma nova conferência, com "o bom senso de não falar em calendário".

"É muito urgente conseguir ter uma paz justa e duradoura"

Antes de falar aos jornalistas portugueses presentes na Suíça, o Chefe de Estado português fez o seu (breve) discurso na Cimeira para a Paz da Ucrânia, que termina este domingo, em Bürgenstock, na Suíça.

"A todo o povo ucraniano, a história convocou-nos e temos de dar passos concretos e unir novos parceiros. Todas as partes que deviam ter estado aqui hoje têm que participar neste processo, é urgente, muito urgente, conseguir ter uma paz justa e duradoura para os nossos cidadãos, para os nossos povos, pelo futuro dos nossos países e das nossas gerações vindouras", disse Marcelo.

Leia Também: "Posição de força" e "1.º passo". O que foi dito na Cimeira pela Ucrânia

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