"Nas oposições há muitos faladores, mas no Governo há muitos fazedores"

Luís Montenegro aconselhou PS e Chega a juntarem-se aos portugueses e ao Governo.

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Tomásia Sousa
23/06/2024 14:29 ‧ 23/06/2024 por Tomásia Sousa

País

Luís Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu, este domingo, que as medidas dedicadas aos jovens que tem apresentado demonstram que, "nas oposições, há muitos faladores, mas no Governo há muitos fazedores".

"Nós não estamos aqui para proclamar, nós estamos aqui para decidir e para governar", apontou, no discurso de encerramento do 28.º Congresso da Juventude Social-Democrata (JSD).

Salientando que "cada partido escolhe a sua estratégia", Montenegro deixou um recado ao Partido Socialista e ao Chega.

"Ao Partido Socialista só quero dizer uma coisa - que aliás, também vale para o Chega: se o Partido Socialista, a vontade que tem é juntar-se ao Chega, e se ao Chega, a vontade que tem é juntar-se com o Partido Socialista, a vontade do Partido Social Democrata é juntar-se com os portugueses para resolver os seus reais problemas", atirou.

"A uns e a outros nós dizemos: preocupem-se menos em juntarem-se um com o outro, juntem-se aos portugueses, e a melhor maneira de se juntarem aos portugueses é juntarem-se ao Governo para decidir bem aquilo que hoje são as principais necessidades da vida de cada português", aconselhou.

No congresso que elegeu João Pedro Louro, até então secretário-geral da JSD, como novo líder da estrutura, Luís Montenegro elencou várias das medidas do novo Governo, como a isenção de IMT e do imposto de selo para jovens na compra da primeira casa, para demonstrar que "é hoje um desígnio nacional absolutamente prioritário dar à juventude portuguesa esperança e confiança para poder ter futuro em Portugal".

"É um pilar essencial do nosso compromisso eleitoral assumido na última campanha e é um pilar essencial no desempenho e na liderança do governo de Portugal: o compromisso com a juventude portuguesa - um compromisso que é um compromisso total", referiu, exemplificando com a criação do Ministério da Juventude, liderado por Margarida Balseiro Lopes, também ela antiga líder da JSD.

"Esse sinal que demos na orgânica do Governo, que damos no funcionamento do Governo, que demos já quando tivemos de formar as listas para a Assembleia da República, onde há vários deputados que são jovens [...]. Tudo isto são demonstrações do nosso compromisso com a juventude portuguesa e a prossecução desse compromisso passa naturalmente também por darmos oportunidades àqueles que são mais jovens de poderem ser parte ativa para as decisões que construímos no nosso país", salientou também, sublinhando que não se trata apenas de "uma questão de representação etária".

"É hoje um desígnio nacional absolutamente prioritário dar à juventude portuguesa esperança e confiança para poder ter futuro em Portugal. É do interesse dos jovens manterem a ligação às suas terras, às suas famílias, aos seus amigos, mas é do interesse geral do país que os nossos recursos humanos - tantos deles muitíssimo qualificados - não deixem de estar à nossa disposição e ao nosso lado para termos uma sociedade mais equilibrada, uma economia mais pujante, e através disso criarmos mais riqueza que possa pagar mais salários e que possa sustentar as políticas sociais", acrescentou.

"Para nós termos crescimento económico sustentado, para nós termos melhores salários em Portugal, para nós termos as garantias de que o Estado social funciona, nós precisamos da juventude portuguesa em Portugal, a trabalhar em Portugal, a dar tudo aquilo, que é muito, que tem para dar no nosso país", destacou.

O líder do PSD elencou depois várias medidas adotadas pelo Governo destinadas à juventude, como a proposta para reduzir a tributação sobre o rendimento do trabalho a um terço até aos 35 anos, a isenção do pagamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e imposto de selo na compra da primeira habitação, apoios ao arrendamento ou a oferta de mais 700 alojamentos para estudantes universitários no próximo ano letivo.

A saída de Montenegro do Campo Pequeno ficou marcada por um momento de agitação, quando os jornalistas procuravam colocar questões ao primeiro-ministro, mas um segurança afastou com violência uma jornalista da televisão, gerando protestos.

[Notícia atualizada às 15h46]

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