Tomás Oliveira Dias, natural de Leiria, morreu no domingo, aos 90 anos.
Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "lamenta o desaparecimento de Tomás Oliveira Dias, deputado constituinte tal como ele, e como ele fundador do PPD".
Segundo o chefe de Estado, "neste momento de tristeza e de reconhecimento, cabe sublinhar o seu empenhamento pela liberdade e pela democracia, tendo designadamente sido fundador da Sedes antes do 25 de Abril".
"À sua família e seus amigos, o Presidente da República, e seu muito antigo amigo, apresenta sinceras condolências", acrescenta-se na nota.
Tomás Oliveira Dias esteve no encontro secreto na Curia onde foram delineadas as linhas programáticas do PPD/PSD, que viria a nascer em 06 de maio de 1974 pela mão de Francisco Sá Carneiro e de Francisco Pinto Balsemão, entre outros, e pelo qual foi deputado à Assembleia Constituinte.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, presidiu ao Centro Académico de Democracia Cristã, enquanto estudante.
Foi deputado à Assembleia Nacional (1969-1973), onde integrou o grupo que ficou conhecido por Ala Liberal.
Foi também membro da Sedes -- Associação para o Desenvolvimento Económico e Social.
Em Leiria, fundou a Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI), a que presidiu durante vários anos.
Assumidamente católico, foi também presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz, que ajudou a fundar na Diocese de Leiria-Fátima.
O Presidente da República Jorge Sampaio distinguiu-o com o grau de grande oficial da Ordem da Liberdade.
"Lamento profundamente o falecimento do Tomás Oliveira Dias, um leiriense credor do nosso reconhecimento e homenagem pelo papel que assumiu na consolidação da democracia e pelo seu contributo para o desenvolvimento do nosso concelho", disse o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes (PS), numa declaração enviada à Lusa.
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