Helicópteros 'levaram' à demissão do presidente do INEM. O que aconteceu?

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Luís Meira, apresentou a demissão à ministra da Saúde, depois de quase dez anos no cargo.

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Notícias ao Minuto
02/07/2024 08:33 ‧ 02/07/2024 por Notícias ao Minuto

País

Saúde

Após várias críticas e algumas farpas, o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Luís Meira, apresentou, na segunda-feira, a demissão à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, depois de quase 10 anos no cargo. 

A demissão foi aceite pela ministra e na origem do desentendimento, entre o responsável do INEM e a tutela, estiveram os contratos de helicópteros.

A divergência tornou-se pública, no domingo, quando o Governo criticou o INEM por não ter lançado um concurso público para o serviço de transporte aéreo de doentes com base numa resolução do Conselho de Ministros de 2023, evitando prolongar a adjudicação direta. "Desde 2 de abril até à data de hoje, o INEM não lançou nenhum concurso público internacional para aquisição dos serviços em causa. Não compreendemos os motivos", explicou a pasta tutelada por Ana Paula Martins, num comunicado.

O documento garantia ainda que o ministério teria já questionado várias vezes o Conselho Diretivo do INEM sobre o serviço de transporte de emergência em helicópteros, por saber que o ajuste direto em vigor terminava no domingo, 30 de junho.

Após as críticas feitas pelo Governo, a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica veio a público pedir a demissão de Luís Meira, por considerarem que a atuação estava colocar o INEM "numa situação manifestamente deplorável".

No entanto, este não foi o primeiro mal-estar entre a tutela e Luís Meira, já que o ministério da Saúde tinha anunciado a realização de uma auditoria administrativa e financeira ao INEM. Nessa altura, Ana Paula Martins explicou que pretendia "perceber exatamente" vários processos. A questão relacionada com os helicópteros era já um dos assuntos em cima da mesa.

Recorde-se que Luís Meira tinha já afirmado, durante uma comissão parlamentar de saúde, que não estava "agarrado ao lugar" e que abandonaria as funções "sem qualquer problema" se a ministra o despedisse. Na mesma comissão parlamentar, ocorrida a 5 de junho, a ministra da Saúde já tinha revelado que estava a estudar mudanças na liderança do INEM, considerando fundamental refundar este organismo.  

Leia Também: Helicópteros? Técnicos de Emergência pedem demissão de presidente do INEM

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