Marinha acompanhou passagem de navio russo por Portugal

O acompanhamento do navio foi feito com recurso ao NRP Setúbal e das Lanchas NRP Orion e NRP Dragão.

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Notícias ao Minuto
02/07/2024 10:19 ‧ 02/07/2024 por Notícias ao Minuto

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A Marinha Portuguesa monitorizou, entre domingo e segunda-feira, um navio russo que transitou pela Zona Económica Exclusiva do país.

"O navio da Federação Russa URSA MAJOR, que participa ativamente no esforço de reabastecimento logístico russo, transitou em águas nacionais entre domingo e segunda-feira (dias 30 de junho e 1 de julho)", lê-se num comunicado da Marinha. 

O acompanhamento do navio foi feito com recurso ao NRP Setúbal e das Lanchas NRP Orion e NRP Dragão.

"A Marinha, através destas ações de monitorização e vigilância, garante a defesa e segurança dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, na proteção dos interesses de Portugal e, simultaneamente, contribui para assegurar o cumprimento dos compromissos internacionais assumidos no quadro da Aliança", conclui-se no comunicado. 

O chefe de Estado-Maior da Armada Portuguesa, almirante Gouveia e Melo, revelou, numa entrevista publicada no dia 15 de maio, que nos últimos três anos quadruplicaram o número de missões de acompanhamento de navios russos durante a passagem por águas portuguesas.

"Há três anos o número de acompanhamentos que fazíamos era inferior a uma dezena por ano. Só no ano passado fizemos 46 e já este ano fizemos 14. Esses navios da Federação Russa, que podem ser militares ou mercantes mas com atividade militar conhecida, podem transitar nas nossas águas no sentido de irem da posição A para a posição B ou então podem ter interesses nas nossas águas. E as duas coisas acontecem simultaneamente", disse ao Diário de Notícias e à TSF.

Na entrevista, o almirante Gouveia e Melo contextualiza, afirmando que a invasão que a Federação Russa fez à Ucrânia veio mudar o comportamento internacional.

"Essa mudança pode ser de tal forma estruturante que pode destruir as bases que temos hoje. Destruindo essas bases, tudo o que hoje consideramos como garantido, que é a segurança na Europa, a NATO, a União europeia, que são pilares essenciais para a nossa segurança e para a nossa prosperidade, podem ser postos em causa", referiu.

[Notícia atualizada às 11h59]

Leia Também: Marinha salvou 187 pessoas no primeiro semestre do ano

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