"Esta obra é um desses exemplos de compreensão e de entendimento, que fez tornar realidade o que hoje aqui inauguramos", realçou o chefe do executivo açoriano, durante a cerimónia de inauguração da obra, na ilha do Faial, da responsabilidade da Câmara Municipal da Horta, mas que foi financiada, em cerca de um milhão de euros, pelo Governo Regional.
A intervenção, que teve início em 2022, incluía a construção de uma praça central e de uma nova via rodoviária, numa área de intervenção de 17.360 metros quadrados, bem como a plantação de uma centena de espécies arbóreas, a criação de 71 lugares de estacionamento e a construção de uma ciclovia.
O presidente do município faialense, Carlos Ferreira, lembrou, no entanto, que o executivo de coligação (PSD, CDS-PP e PPM), tinha assumido o compromisso de requalificar também o edifício da Marina da Horta, que faria a ligação entre a nova praça agora inaugurada, e o porto de recreio náutico do Faial, um dos mais movimentados da Europa, com mais de um milhar de escalas anual.
"Ficou por construir o edifício Marina, tendo ficado deserto o concurso público lançado pela empresa pública Portos dos Açores, para a sua construção", recordou o autarca social-democrata, acrescentando que "importa desenvolver os procedimentos necessários para a sua materialização", uma vez que essa intervenção é considerada "essencial" para "dar a dimensão que a obra merece".
O projeto de requalificação da frente mar da cidade da Horta foi apresentado, publicamente, em janeiro de 2013, há mais de uma década, e tinha por objetivo intervir em toda a zona ribeirinha da "cidade-mar", numa extensão superior a dois quilómetros, atravessando as três freguesias citadinas (Angústias, Matriz e Conceição), e dividida em cinco fases.
A construção da praça central e de reordenamento do trânsito agora inaugurada, representa o fim da segunda fase da obra, mas Carlos Ferreira garante que a Câmara Municipal da Horta pretende dar seguimento ao projeto.
"A prioridade do atual executivo municipal, no que respeita à requalificação da frente marítima da cidade da Horta, consiste em fazer o que falta da primeira unidade, ou seja, resolver o problema do parque de estacionamento da Rua de São João e começarmos a olhar para o troço entre a igreja das Angústias e o Forte de Santa Cruz, que não foi intervencionado na primeira fase", explicou o autarca.
Um dos problemas que está ainda por resolver, relacionado com este investimento, prende-se com a construção de um silo auto, integrado na primeira fase do projeto, que pretendia concentrar o estacionamento na zona baixa da cidade, que apesar de já estar concluído, nunca foi utilizado, por apresentar problemas estruturais.
O município pretende agora demolir o edifício e construir um parque de estacionamento mais pequeno, bem como uma nova zona residencial, enquanto decorre, em tribunal, o processo de apuramento de responsabilidades, entre o empreiteiro, o projetista e a empresa de fiscalização da obra, que custou cerca de um milhão de euros.
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