O presidente da Câmara da Figueira Foz, Pedro Santana Lopes, falou aos jornalistas, esta quarta-feira, na sequência do naufrágio que aconteceu na Marinha Grande, que considerou "um horror".
"Não há nenhuma explicação ainda", reforçou aos jornalistas, dando conta de que o naufrágio terá acontecido na altura em que os pescadores "acabaram de recolher o peixe".
Sublinhando que a autarquia dará todo o apoio às famílias, e que haverá luto municipal, Santa Lopes apontou: "O importante é que quem está vivo fique bem o mais depressa possível".
Quanto aos familiares dos pescadores, Santana Lopes explicou que também lhes está a ser prestado apoio psicológico. Estas pessoas foram encaminhadas para um local próprio. "Há pessoas aqui que são familiares - pelo menos de um dos desaparecidos. Estão absolutamente desesperados", afirmou.
Questionado sobre se tem conhecimento de algum relato mais pessoas, Santana Lopes referiu que "uma das pessoas disse que esteve pouco tempo na água, que se conseguiu agarrar a mais uma boia" e que esteve "dois ou três minutos na água".
"O armador também o ouvi, antes de vir para aqui. Mas não posso, nem devo especular. Eles não sabem. O que dizem todos é 'não percebemos o que aconteceu'", explicou.
Santana Lopes tentou ainda falar com o mestre do barco, mas não quis "forçar" quando percebeu que esteve "estava em estado de choque, só chora - mas acho que vai ter alta".
Segundo o autarca, todos os tripulantes eram das comunidades piscatórias da região, havendo entre os sobreviventes duas pessoas de nacionalidade indonésia, "que também morarão aqui perto".
O alerta foi dado pelas 4h33, mas por volta das 10 horas a operação de resgate continuava, com mais pessoas das que se encontravam desaparecidas a serem encontrados. Na embarcação seguiam 17 pessoas e, de acordo com o último balanço, há três mortos, onze resgatados e três desaparecidos.
[Notícia atualizada às 11h47]
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