Discursando na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, perante 271 guardas provisórios da GNR que hoje completaram o 54.º curso de formação de guardas, Luís Montenegro defendeu "maior justiça e equilíbrio nas remunerações das mulheres e homens que servem nas forças de segurança".
"A nossa única limitação é apenas fazer coincidir este esforço com um outro que está acima de tudo: quem tem, como nós temos, a missão de cuidar pelo bem-estar de todo um país, tem de ter o sentido de responsabilidade de não fazer nenhum interesse particular, por mais legítimo e justo que seja, fazer claudicar o interesse coletivo de todo um povo e de toda uma nação", frisou o primeiro-ministro.
"É neste enquadramento que o Governo está e vai continuar a trabalhar, para que a vossa farda seja cada vez mais respeitada e que cada vez mais pessoas a possam desejar envergar", enfatizou, dirigindo-se aos novos guardas da GNR.
Frisando que sem segurança não é possível garantir os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos nem os valores da democracia, Luís Montenegro dirigiu-se ao comandante-geral da GNR, tenente-general Ribeiro Veloso, agradecendo as palavras deste e observando ter encontrado nelas "o realismo, o sentido de responsabilidade e o sentido de compromisso" que o Governo quer ter com as chefias e todos os agentes e guardas das forças de segurança.
Na sua intervenção, Ribeiro Veloso afirmou que o tempo atual é o de "arregaçar as mangas e fazer mais e melhor" com os meios de que a GNR dispõe.
O tenente-general manifestou algum desalento pelo reduzido número de mulheres (16 em 234) que iniciaram o 54º curso de formação de guardas da GNR, em setembro de 2023, mas satisfação por todas o terem terminado.
A cerimónia de compromisso de honra marca a entrada dos novos guardas na GNR e decorre meses após o juramento de bandeira, que é geralmente realizado na primeira parte do curso.
[Notícia atualizada às 12h50]
Leia Também: PSD salienta que negociações com forças de segurança "não estão fechadas"