O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias (SNOP), Bruno Pereira, afirmou, esta terça-feira, que o acordo assinado com o Governo sobre a atribuição de um suplemento de risco, é um "meio acordo" e a "solução possível neste momento".
"Não podemos olhar para ele como um acordo ideal, é um meio acordo que achámos que era suficiente neste momento", afirmou, em declarações aos jornalistas no Ministério da Administração Interna, acrescentando que "fica aquém" daquilo que é um "acordo ideal".
Segundo Bruno Pereira, "é a solução possível neste momento". "Não quer dizer que, com isto, percamos a vontade, o foco, de melhorar a outros níveis mas ter esta questão por resolver seria um problema para poder revisitar todo uma série de outros", acrescentou.
"O aumento, que não é pouco expressivo, efetivamente não o ter significa um risco muito grande para quem acabou de entrar, para quem cá está e para quem queira vir. Ainda assim, não iremos deixar de lutar para futuro", reiterou.
Recorde-se que o Governo chegou a acordo, esta terça-feira, com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre a atribuição de um suplemento de risco, que se traduz num aumento faseado de 300 euros até 2026.
Além do aumento de 300 euros, passando a variante fixa do suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, o acordo estabelecido prevê também, segundo as estruturas sindicais, revisão do estatuto profissional, alterações na tabela remuneratória em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e via verde na saúde.
Este aumento de 300 euros vai ser pago em três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.
Os sindicatos da PSP que assinaram o acordo são o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC), enquanto as associações da GNR são a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG).
Segundo a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, este "foi o maior aumento na história da democracia portuguesa às forças de segurança". "É um aumento histórico", frisou ainda.
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