A decisão do SNCGP, que representa cerca de 3.600 guardas prisionais, foi comunicada na quinta-feira num ofício para o Ministério da Justiça, ao qual a Lusa teve hoje acesso.
O cancelamento ocorreu um dia depois de o Governo e os três sindicatos representativos dos guardas prisionais terem assinado um acordo para o aumento do suplemento por serviço em 300 euros, no final da quinta reunião negocial entre as partes.
A adesão à greve na cadeia do Linhó foi quase total no primeiro dia, com a garantia dos serviços mínimos, segundo adiantou então fonte sindical.
De acordo com o sindicato, a greve na prisão do Linhó devia-se à "contínua falta de condições de segurança" naquela cadeia, sendo apontada como justificação "as 10 agressões a guardas desde o início do ano".
O acordo assinado na quarta-feira entre o Ministério da Justiça e o SNCGP, a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) e o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP) prevê mais 300 euros na componente fixa do suplemento por serviço da guarda prisional, que serão pagos de forma faseada: 200 euros já este mês, mais 50 euros em janeiro de 2025 e outros 50 euros em janeiro de 2026.
Ficou também estabelecido o compromisso para a revisão do sistema de avaliação dos guardas prisionais, com a primeira reunião sobre o tema já marcada para 24 de julho.
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