Reeleição de Ursula von der Leyen "importante" para relação UE-África

A reeleição de Ursula von der Leyen como Presidente da Comissão Europeia é muito importante para a relação da União Europeia com África e o projeto europeu, afirmou hoje, em São Tomé, o ministro Português dos Negócios Estrangeiros.

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Lusa
18/07/2024 16:55 ‧ 18/07/2024 por Lusa

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"Eu estou absolutamente seguro que, depois de cinco anos de experiência, Ursula von der Leyen compreendeu bem que a aposta na relação com África é estratégica para a Europa. Sem essa aposta, nenhum dos dois continentes está bem, os dois estarão mal", disse Paulo Rangel em declarações à imprensa portuguesa em São Tomé.

 

"Naturalmente o Governo português está profundamente satisfeito com esta votação do Parlamento Europeu, que deu uma maioria ampla e clara. É garantia de que os valores europeus vão afirmar-se", declarou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que já antes, numa mensagem na rede social X, tinha felicitado Ursula von der Leyen.

O ministro quis destacar, nas declarações no país africano onde se encontra em visita oficial, que entre as garantias que a Presidente da Comissão Europeia dá está o querer "reposicionar a União Europeia geopoliticamente (...), o que também é importante para o continente africano".

"Estou aqui em São Tomé, na visita bilateral e amanhã [sexta-feira] no Conselho de Ministros da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], e também transmitirei esta posição aos meus colegas, de que uma União Europeia com este tipo de lideranças é confiável e que está apostada na relação também com a África", afirmou.

Paulo Rangel reiterou que vê "uma grande compreensão, especialmente nos últimos dois anos, para a questão, os desafios que a relação entre a União Europeia, a União Africana e os países da África em geral [coloca], não apenas a nível de relação entre organizações", pondo em primeiro lugar, "finalmente, a cooperação".

Destacou também o domínio das migrações, para garantir que os traficantes não "exploram tantos jovens africanos que querem migrar e que depois ficam sem condições para viver dignamente nos países de acolhimento, ou não chegam sequer, sendo apenas ludibriados".

O ministro defendeu "um diálogo muito forte com a África" e deixou a ideia de olhar o mundo não com divisão norte-sul mas numa linha mais vertical, onde estão os continentes europeu e africano, e de que haja um "olhar de igual para igual" e a compreensão de que o futuro destes dois continentes está associado.

Falando da ajuda ao desenvolviemnto, disse que "muitas vezes com pouco investimento é possivel gerar efeitos multiplicadores em África absolutamente excepcionais, que revertem a favor de todos, em primeiro lugar dos cidadãos africanos, mas também dos cidadãos europeus, e, no fundo, uma maior estabilidade, maior desenvolvimento e maior paz" nas duas regiões.

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