A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve presente esta sexta-feira na requalificação do bloco de partos da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, onde falou também aos jornalistas.
"Esta requalificação vai permitir ampliar a resposta - esta maternidade está sempre cheia, 24 sobre 24 horas. E os profissionais e as senhoras, as famílias, precisam de ter boas instalações, segurança e conforto. Justifica-se sempre continuar a investir nestas instalações", referiu.
A obra obrigou a um investimento 2,09 milhões de euros em empreitada e fornecimento de novo equipamento e material a esta antiga instituição de saúde criada em 1932.
Questionada sobre uma eventual falta de consenso nas negociações entre o ministério e os profissionais de saúde, a responsável pela pasta disse que existe "muito boa fé" e "também muita vontade de nos aproximarmos". "As negociações são isso mesmo, um espaço para nos aproximarmos daquilo que é possível", apontou.
A ministra foi ainda questionada sobre as unidades locais de saúde, lembrando que são estruturas "complexas", que fazem a articulação entre vários espaços de saúde. "Estamos disponíveis para melhorar o próximo concurso", referiu.
Acerca do aumento de infeções pelo parvovírus B19 que pode provocar a morte aos fetos até às 20 semanas de gestação, Ana Paula Martins garantiu que a Direção-Geral de Saúde e os seus peritos "estão muito atentos" à questão.
A crise no INEM foi também tema, nomeadamente, quando é que o novo presidente do INEM irá tomar posse, mas Ana Paula Martins mas não quis responder, referindo que o momento era para a inauguração das urgências na Maternidade Alfredo da Costa.
Na sua intervenção na cerimónia, a ministra reiterou a prioridade que o Governo atribui à saúde, mormente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), falou da importância do plano de emergência para o setor, que "simboliza a determinação" do executivo em melhorar o SNS e reconheceu que é preciso investir nas carreiras dos médicos e outros profissionais de saúde, mostrando-se confiante que será possível chegar a um entendimento nas negociações em curso.
Embora considerando que esta requalificação do bloco de partos da MAC reflete o compromisso de dar cuidados de saúde de excelência e de ajudar a natalidade em Portugal, a ministra reconheceu que ainda há constrangimentos e "muito caminho a percorrer".
[Notícia atualizada às 16h45]
Leia Também: Utentes do Médio Tejo pedem "reforço de investimento" na saúde e serviços