A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu, este sábado, esclarecimentos sobre a circulação de parvovírus B19 em Portugal, depois de ter feito recomendações aos profissionais de saúde sobre o efeito do vírus em grávidas. Na nota, a autoridade frisou que "não são recomendadas medidas específicas a serem adotadas pela população geral e reitera-se a avaliação de baixo risco atual".
Explicando que "tem vindo a acompanhar e monitorizar a situação desde junho de 2024", a DGS afirmou que o "risco" para a população é "baixo, à data de hoje".
No entanto, "face ao contexto epidemiológico internacional e nacional, foram implementadas medidas de aumento de vigilância epidemiológica e sensibilização dos profissionais de saúde", o que levou a DGS a emitir, a 24 de julho, uma "informação aos profissionais de saúde, de cariz técnico, dirigida principalmente a quem presta cuidados de saúde a crianças e a grávidas".
Esta informação, explica a DGS, insta "os profissionais de saúde a manterem-se vigilantes em relação à infeção pelo parvovírus B19, e a incluírem, no momento de avaliação dos utentes incluídos nos grupos-alvo, um momento de aconselhamento e informação, particularmente aqueles que apresentem risco de complicações".
A Direção-Geral da Saúde emitiu recomendações aos profissionais de saúde que prestem cuidados a grávidas devido a um aumento de infeções pelo parvovírus B19, que pode provocar a morte aos fetos até às 20 semanas de gestação.
Lusa | 07:40 - 26/07/2024
Neste sentido, a DGS esclarece: "Não são recomendadas medidas específicas a serem adotadas pela população geral e reitera-se a avaliação de baixo risco atual".
A autoridade de saúde disse ainda que "permanece atenta e a acompanhar a evolução nacional e internacional desta infeção", emitindo "informações e documentos técnicos sempre que necessário".
Sublinhe-se que, em março, foi "observado um aumento substancial de casos de infeção por parvovírus B19 em vários países europeus", incluindo Portugal. As mulheres grávidas foram "identificadas" como um "grupo populacional com risco baixo a moderado".
De acordo com a DGS, a "transmissão deste vírus é feita por gotículas respiratórias, contacto mão-boca, produtos derivados de sangue, transplantes de medula óssea ou via transplacentária".
O "período de incubação varia de 4 a 14 dias após a exposição, mas pode durar até três semanas" e, na maioria dos casos, a infeção durante a gestação tem um "desfecho favorável".
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