De acordo com o presidente do SNCGP, Frederico Morais, o sindicato recebeu hoje a confirmação de que o Chega, a Iniciativa Liberal e o CDS-PP validaram o pedido para uma audição "com caráter de urgência" na Assembleia da República sobre a questão das agressões a guardas prisionais, que o sindicato contabiliza em 12 desde o início do ano só no Linhó (Sintra), e em 22 a nível nacional.
Segundo Frederico Morais, a audição deve acontecer logo no início de setembro, no regresso dos trabalhos parlamentares.
Hoje, no estabelecimento prisional do Linhó, um guarda prisional foi agredido por um recluso, que, "sem que nada o fizesse prever", não havendo qualquer histórico de desentendimento entre ambos, atingiu o guarda na cabeça com uma vassoura.
O guarda encontra-se no hospital de Cascais a realizar exames e o recluso foi imediatamente encerrado.
Frederico Morais admite que as novas regras "mais apertadas" para casos de mau comportamento e agressões possam não estar a ser bem aceites por alguns reclusos.
Por acordo com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), e face às frequentes agressões a guardas, foi determinado que casos destes levariam ao encerramento imediato dos reclusos transgressores até à sua transferência para um estabelecimento com regime especial de segurança.
No caso de hoje, aguarda-se ainda a ordem de transferência da DGRSP para que o recluso seja transferido para a cadeia de Monsanto, que tem nível de segurança máximo.
A "contínua falta de condições de segurança" no Linhó levou o SNCGP a convocar uma greve para aquele estabelecimento prisional, que se iniciou a 02 de julho e devia decorrer até ao final deste mês, mas que foi cancelada a 12 de julho, após este acordo com a DGRSP e um dia após o acordo com a tutela para o aumento do suplemento de risco para os 300 euros.
A cadeia de Linhó (Sintra) tem um efetivo de cerca de 120 guardas prisionais, sendo cada turno composto por 45 a 50 operacionais.
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